A brutalidade viciosa do Estado Islâmico está em curso na cidade síria de Raqqa, onde as famílias que já fugiram do grupo terrorista dizem que as crianças estão tendo seus membros cortados por terroristas como punição por supostos crimes.
Uma das famílias que conseguiu fugir disse à ‘Sky News’ que entre as vítimas do Estado Islâmico estão crianças de apenas 11 anos de idade.
“Todos os meus filhos viram isso acontecer”, disse uma mãe sobre as punições, pedindo para não ser identificada.
Segundo relatos, terroristas do Estado Islâmico teriam amarrado um garoto órfão de 11 anos de idade, antes decepar o seu braço. A punição teria ocorrido, porque o menino estava tentando vender uma bateria de carro roubada para comprar comida.
Além disso, uma outra família disse que quase foi forçada a vender sua filha de 14 anos para se casar com um terrorista egípcio do Estado Islâmico, que tinha 29 anos.
A mãe da garota, que também não foi identificada, revelou que seu marido tinha sido morto em um ataque aéreo, e ela teve que cuidar de seus quatro filhos e filha sozinha.
“Minha filha disse: ‘Mãe, você acha que, se meu pai estivesse vivo, ele iria aceitar esse casamento?”, lembrou a mulher ao falar sobre a exigência dos terroristas.
A menina de 14 anos acrescentou: “Ele [terrorista] me disse para pegar uma arma e ficar com eles, mas eu disse a ele: ‘Por favor, eu quero sair agora”.
A família conseguiu fugir de Raqqa antes que o casamento acontecesse.
Como um número de outras cidades controladas pelo Estado Islâmico, acredita-se que Raqqa esteja sendo prestes a ser liberta pelo governo sírio e as tropas dos EUA. Porém o grupo terrorista se esforça para manter um porão em seus territórios capturados.
Um grande número de graves abusos dos direitos humanos cometidos contra crianças tem ocorrido no Iraque e na Síria. No mês de Junho, por exemplo terroristas do Estado Islâmico decapitaram uma menina de 4 anos de idade e embeberam as mãos de sua mãe em seu sangue.
“Uma mãe disse à filha de 4 anos para ir para voltar para casa e a menina se recusou a obedecer. Em seguida, a mãe disse a ela sem querer: ‘Vá para casa e eu juro por Deus que vou decapitá-la se você não fizer isso”, contou uma mulher síria que conseguiu fugir dos domínios do Estado Islâmico.
“Um dos membros do Estado Islâmico ouviu isso e disse à mãe: ‘Uma vez que você jurou a Deus, deve decapitá-la, ‘mas a mãe se opôs a obedecer o combatente”.
Os radicais, em seguida, assumiram aquilo que consideravam ser o ‘dever’ daquela mãe e decapitaram a menina.
Em outra história horripilante de outubro de 2015, um membro da comunidade Yazidi afirmou que uma mãe foi forçado a comer a carne de seu próprio filho.
Vian Dakhil, um Yazidi, lembrou que o Estado Islâmico contou a uma mãe faminta que ela tinha se alimentado do seu próprio filho.
“Uma das mães me chamou… ela disse que por dois dias o Estado Islâmico não lhe deu qualquer alimento e eles a separaram de seus filhos. Um deles tinha 3 anos e outro, 5 anos. Depois de dois dias, eles lhe deram arroz com carne. Enquanto ela terminava de comer, lhe disseram que aquela carne era de seu filho, de 3 anos”, Dakhil revelado no momento.
“Ela me disse: ‘Por favor, eu não posso, eu não sei o que fazer. Estou comendo meu próprio filho’. É isto é o que acontece com as mulheres sob controle do Estado Islâmico e ninguém se importa”.
Genocídio
O grupo terrorista tem se empenhado cada vez mais em cumprir a instalação daquilo que diz ser o seu ‘Califado’ (governo unificado) e sua ‘missão apocalíptica’ de perseguir e matar cristãos, judeus e outras minorias religiosas, como os yazidis – chamados ‘infiéis’ – no Oriente Médio.
As ações e crimes de guerra do grupo terrorista já foram reconhecidos como genocídio pelo Parlamento britânico e também pelo Secretário de Estado dos EUA, sobretudo contra minorias religiosas e étnicas do Oriente Médio, como cristãos e yazidis.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST