Justiça Eleitoral está de olho na participação de candidatos em eventos religiosos
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Dias Toffoli, que também é ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) teme um “projeto de captura do Estado por determinado segmentos religiosos”.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Toffoli disse que a Justiça Eleitoral precisa evitar a mistura entre política e religião.
“Não podemos negar que há sim projeto de captura do Estado por determinados segmentos religiosos. Não pode aqui, sendo um Tribunal Superior Eleitoral, dizer que desconhecemos”, afirmou.
Toffoli fala também das aproximações dos candidatos a cargos públicos com as comunidades religiosas na época das eleições. “Não podemos dizer que desconhecemos as realidades de que seja candidato a presidente, senador, deputado, governador, vereador, vão atrás de comunidades religiosas [e dizem]: ‘o que vocês querem para me apoiar o que eu posso dar para vocês?’ Pra ficar no tipo das ideias”.
O presidente do TSE ainda se mostrou preocupado com a ligação entre política e religião.
“Não podemos abrir fresta para que isso [mistura de política e religião] possa ocorrer. Não vamos abrir essa fresta porque é muito perigosa. Quer debater política? Leva no salão da paróquia, no salão da igreja, leva em outro horário. Se não pode levar o cartaz, pode levar a pessoa [no ato religioso]?”, questionou.
O TSE começou a discutir sobre a inelegibilidade do senador Ivo Cassol (PP-RO), em relação às eleições de 2010, ele é acusado de ter participado de um ato religioso com 10 mil pessoas, essa participação teria custado R$ 80 mil. Fonte: noticias.gospelprime.com.br por Leiliane Roberta Lopes