O Brasil é um país repleto de diferenças culturais, evidentes em estados como Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. No Norte do Brasil, a variedade de culturas é tão grande que a única igreja adventista do Brasil de língua inglesa tem como endereço um bairro simples de Boa Vista, capital de Roraima.
Pelo fato de fazer divisa com a Venezuela e a Guiana, Roraima é rota para diversos imigrantes. Por essa razão, a igreja de língua inglesa foi construída para atender fiéis de várias nacionalidades. Embora a “Igreja dos Ingleses” abrigue cultos em inglês, a maioria dos fiéis é nativa de outras partes do mundo.
É o caso de Solange Rodriguez, uma indígena da Venezuela, casada com um haitiano. O casal tem uma filha que nasceu no Brasil. “Aqui, falamos vários idiomas, somos de várias nacionalidades e de alguma forma nos colocam para ter aulas em francês. Eu acredito que isso atrai a nossa atenção”, disse Solange.
Independente da cor, raça, nação, língua, a igreja adventista tem abraçado a muitos novos membros por meio dos diferentes projetos realizados na região. O pastor Gilmar Zahn, presidente da Igreja Adventista para o Noroeste do Brasil, contou que busca fazer com que os convidados se sintam amados. “Temos procurado desenvolver nossas estratégias de forma inclusiva para que os convidados se sintam amados, acolhidos. O amor tem sido a nota tônica, propulsora das nossas ações. Com isso temos colhido grandes resultados”, disse ele.
Para os mais de 160 mil adventistas da região, não existe nenhum segredo para tantas vidas serem transformadas. O que realmente existe é um sentimento de superar barreiras, sejam elas sociais, econômicas ou culturais.
Outro caso curioso é o de John Arthur, que apesar de falar fluentemente o português, teve dificuldades para se adptar quando saiu da Guiana Inglesa. “Quando cheguei, não entendia nada da língua portuguesa. Era complicado até para entender o nome dos livros da Bíblia que os irmãos mencionam durante os cultos. Eu me sentia muito ruim. Naquela época eu ia à igreja somente para devolver dízimos e ofertas e voltar para casa”, ressalta.
O evangelho nas aldeias
Uma tribo indígena que fica no extremo do país, bem na divisa do Brasil com a Venezuela, tem chamado atenção. O evangelho chegou à etnia de taurepangem em 1911 e, desde então, eles têm evangelizado outras tribos de diversas formas. Apesar das dificuldades de acesso, mais de 20 aldeias já ouviram falar de Jesus.
Em Cacoal, interior de Rondônia, é possível encontrar a comunidade indígena Surui — um grupo que trocou as tradições antigas pela Bíblia. O cacique se orgulha de fazer parte de uma comunidade que vive por amor. “Antes de conhecer a igreja, nosso amor se limitava à nossa família. Hoje a gente conhece mais a Palavra de Deus e ama a todos”, afirmou Censo Surui.
Confira uma reportagem especial:
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO SITE NOTÍCIAS ADVENTISTAS