O evangelista Christopher Alam foi preso e sofreu uma forte perseguição por deixar o Islã. Anos depois, começou um ministério de evangelismo em diversos países.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA AG NEWS
A conversão ao cristianismo quase custou a vida do evangelista Christopher Alam, da Assembleia de Deus nos Estados Unidos.
Desolado depois de deixar o exército do Paquistão aos 21 anos, em 1975, Alam caminhou pela GT Road, uma das estradas principais mais antigas e longas da Ásia, pensando em suicídio.PUBLICIDADE
Passando entre automóveis, bicicletas, e compradores congestionados, ele notou um homem alto distribuindo folhetos. Curioso sobre a atitude simpática e pacífica do homem, ele se aproximou e aceitou o material cristão.
O homem que distribuía os folhetos era do Reino Unido e pertencia a uma equipe de evangelismo de rua do movimento do Jesus People, que foi destaque na década de 1970. Ele compartilhou o Evangelho, dizendo a Alam: “Jesus Cristo vai te libertar e te dar vida”.
Mesmo com dúvidas, Alam se entregou a Cristo na calçada, em frente a uma movimentada loja de sapatos. “Embora eu fosse muçulmano, sentia que era isso que esperava por toda a minha vida. Parecia que uma pedra enorme foi tirada de mim”, disse ele à AG News.
Como um cristão novato, Alam se juntou à equipe de evangelismo distribuindo folhetos por várias semanas. Um dia sozinho na rua, ele conta que ouviu uma voz: “Vou levar você ao redor do mundo e você falará às pessoas sobre Jesus”. Mesmo dominado pelo medo, Alam diz que entendeu as instruções de Deus.
Custo da fé
A conversão ao cristianismo enfureceu seu pai, um major-general do exército, que internou Alam em um hospital psiquiátrico. Ele permaneceu hospitalizado por duas semanas, sedado, mas ainda pregando para todos. Depois de receber alta, ele foi forçado pela polícia a viver em prisão domiciliar com seu pai — onde estudava as Escrituras secretamente.
Ele escapou para a cidade paquistanesa de Karachi em 1976, mas foi preso novamente por quase um ano. As autoridades confiscaram sua carteira de identidade e passaporte, com um aviso: você vai sair daqui um muçulmano ou vai morrer.
“Foi incrível que Deus me considerasse digno de sofrer por Jesus”, diz ele, hoje com 67 anos.
De alguma forma, seu serviço como oficial do Exército e os amigos em altos cargos no governo o ajudaram a se livrar das falsas acusações. Com a liberação concedida, Alam voltou para a casa de seu pai, mas fugiu para ser discipulado por um missionário americano.
Ameaças de decapitação por apostasia o forçaram a fugir do Paquistão.
O evangelista Christopher Alam e sua esposa, Britta. (Foto: Dynamis World Ministries)
Chamado para as multidões
Auxiliado por cristãos clandestinos, ele entrou no Afeganistão em 1977. Agentes da inteligência militar traçaram seu caminho de fuga pela Turquia, Rússia, Bélgica e, finalmente, para a Suécia, onde o governo concedeu asilo político.
Recebido pelos cristãos escandinavos, Alam conheceu sua esposa, Britta, na igreja. Eles se casaram em 1979. Depois de frequentar a Escola Bíblica em Holsbybrunn, na Suécia, e ministrar imigrantes por quatro anos, ele liderou sua primeira viagem missionária em 1983, pregando em acampamentos de jovens na Polônia.
Muitos jovens se entregaram a Cristo e receberam o batismo no Espírito Santo. Os convites para retornar se seguiram, com um público que chegava a 12.000 pessoas.
Pouco tempo depois, Alam fundou o ministério Dynamis World, um precursor do evangelismo em massa na Ásia, África e América Latina. Nos últimos 40 anos, Alam pregou em mais de 75 nações. Ele também esteve envolvido em iniciativas de plantação de igrejas na Ásia, Leste Europeu e África, onde abriu uma base no Zimbábue.