Mehri e Fariba foram condenadas a dois anos de prisão no Irã sob acusações relacionadas à fé
Fonte: Portas Abertas
Uma das cristãs que se entregou é recém-casada e já tinha sido presa anteriormente com o então noivo
No domingo de Páscoa, 17 de abril, Sakine (Mehri) Behjati e Fariba Dalir se entregaram para as autoridades na prisão de Evin, Irã. Ambas estão cumprindo a sentença de dois anos de prisão por causas parecidas.
Mehri, Fariba e outras cristãs já tinham sido presas anteriormente, em fevereiro de 2020, por participarem de uma igreja doméstica em Rasht, no Irã. Em agosto, elas foram sentenciadas mais uma vez por “agir contra a segurança nacional, se reunir em igrejas domésticas e espalhar o cristianismo sionista”. O apelo de liberdade delas foi negado em setembro de 2020.
Em 2021, Fariba estava noiva de Sourush e ambos foram presos juntos. Outros quatro cristãos foram detidos com eles: dois adultos, uma jovem de 17 anos e uma última pessoa cuja situação é desconhecida até agora. Depois de dez dias na solitária sob interrogatório, a jovem foi liberada. No fim, apenas Fariba cumpriu a sentença de dois anos por ser parte da liderança da igreja doméstica. Sourush e ela se casaram enquanto aguardavam as decisões da justiça sobre as penas no ano passado e ficarão separados mais uma vez, com a nova sentença que Fariba recebeu em 2022 na prisão de Evin.
Já Mehri, após se entregar, foi transferida para a prisão de Lakan, em sua cidade natal, assim ela pode ficar perto do filho mais novo. Ela conseguiu permissão para ficar seis semanas em casa para comemorar o Ano Novo iraniano com sua família.
Outros cristãos foram presos no mesmo período, entre eles Hadi (Moslem) Rahimi, sobrinha de Mehri, e um casal. Eles não conseguiram pagar a fiança de 500 milhões de tomans (aproximadamente 30.000 dólares).
Moslem tinha deixado a filha de nove meses para cumprir os quatro anos de prisão em janeiro de 2022 na prisão de Evin, mas um amigo a ajudou pagando a fiança. Ela e o casal saíram da prisão uma semana depois com o valor da fiança reduzido. Mehri e sua sobrinha, Moslem, pediram à Suprema Corte a revisão do processo, mas as solicitações foram rejeitadas por nove juízes em fevereiro.
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