A pontuação do país na última pesquisa foi a maior em 30 anos

Fonte: Portas Abertas

Por 20 anos ininterruptos a Coreia do Norte ocupou a primeira posição na Lista Mundial da Perseguição (LMP), de 2002 a 2021. O único ano em que não esteve no topo da LMP foi 2022, pois a tomada do Afeganistão pelo Talibã a superou em perseguição aos cristãos, mas em nenhum momento o país teve melhoras na hostilidade aos seguidores de Jesus. 


Na Lista Mundial da Perseguição 2023, a pressão em todas as esferas da vida chegou ao nível máximo. Combinada ao aumento da violência (de 13,1 para 14,4 pontos), o resultado foi a maior pontuação atingida pela Coreia do Norte em todas as 30 edições. 


O recorde de 98 pontos, mesma pontuação do Afeganistão na LMP 2022, reflete os efeitos da lei do “pensamento antirreacionário”, que aumentou o número de cristãos presos e de igrejas domésticas secretas descobertas e fechadas. A lei proíbe o contato com qualquer material estrangeiro e considera um crime grave possuir a Bíblia. Por isso, cristãos encontrados com Bíblias e outras literaturas cristãs, impressas ou em aparelhos eletrônicos, são presos. 


Quando um cristão norte-coreano é preso, ele encontra dois possíveis destinos: a execução ou passar a vida em campos de trabalho forçado, onde é submetido a diversas violações dos direitos humanos, como tortura, fome e violência sexual. Os familiares também recebem a mesma sentença. 

Perseguição extrema 

Os cristãos norte-coreanos enfrentam o contexto de perseguição mais intenso já visto desde que a Portas Abertas começou a monitorar os dados. Eles não têm espaço na sociedade, não podem se encontrar com outros cristãos para realizar cultos, nem em público, nem em privado, e, quando algum deles se arrisca formando igrejas secretas, vive sob a ameaça constante da punição. 


“Os cristãos sempre foram os principais alvos dos ataques do regime. Os líderes querem apagar totalmente a presença cristã no país. Somente a família Kim pode ser adorada; não há espaço para outros deuses”, disse o cristão Timothy Cho (pseudônimo), um fugitivo da Coreia do Norte. 


Há igrejas na capital norte-coreana, Pyongyang, mas elas são meros recursos de propaganda do governo para garantir a impressão de que as diversas denúncias de violações de direitos humanos dos cristãos foram resolvidas. Todos os aspectos da vida dos norte-coreanos são constantemente monitorados e controlados pelo Estado e os cristãos são discriminados por causa da fé e considerados hostis. 

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