Atividades religiosas que não estejam “de acordo com os regulamentos nacionais do Partido Comunista Chinês” devem ser denunciadas
Fonte: portasabertas
Autoridades de Xangai, cidade da província de Hebei, na China, anunciaram, em 12 de julho, a abertura de uma linha direta para os cidadãos denunciarem qualquer atividade religiosa sem autorização, como evangelismo, distribuição de material ilegal e realização de eventos não aprovados. O anúncio foi feito pelo Departamento de Trabalho da Frente Unida e pelo Departamento de Assuntos Étnicos e Religiosos de Xangai, a cidade mais antiga do norte da China.
No anúncio foi dito que uma linha direta estaria disponível para qualquer pessoa que queira relatar atividades religiosas que não estejam “de acordo com os regulamentos nacionais do Partido Comunista Chinês e contra os direitos e interesses legítimos dos cristãos patrióticos”, como reporta o site UCANews. Embora cristãos locais se preocupem com uma potencial volta à Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung, um porta-voz da Portas Abertas disse que isso é improvável, visto que o país, hoje, é muito diferente do que era na década de 60. Ele diz: “O clima atual na China não é propício para uma Revolução Cultural. Também não está claro que o governo queira levar o país de volta aos dias antigos. Seu principal objetivo é estreitar o controle do país, o que inclui adorar o partido e o presidente, além da sinização”.
Igrejas forçadas a se adaptar à sociedade socialista
O Partido Comunista da China, sob a liderança do presidente Xi Jinping, está em uma campanha de sinização com o objetivo de fazer com que as religiões não nativas da China se adaptem à sociedade socialista chinesa. Em 2018, foi relatado que equipes de três oficiais do governo monitoraram grupos religiosos em Wenzhou, cidade da província de Zhejiang. Enquanto isso, a avaliação de desempenho da polícia de Dalian, na província de Liaoning, agora inclui uma parte sobre quantos cristãos foram presos, principalmente os que fazem parte do que a China considera rituais, como Falun Gong (prática espiritual chinesa) e a Church of the Almighty God(Igreja do Deus Todo-poderoso).
Principalmente desde a introdução da revisão dos regulamentos sobre religião, em fevereiro de 2018, a pressão sobre os cristãos chineses e igrejas aumentou. A perseguição inclui batidas policiais durante cultos, fechamento de igrejas e de organizações administradas por igrejas, prisão de pastores e proibição de menores de participar de atividades da igreja.
Diante desse contexto, o país, que ocupa a 27ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2019, precisa de nossas orações. Clame para que os cristãos perseguidos tenham liberdade de expressar a fé, bem como de compartilhá-la livremente. Interceda para que a igreja não se intimide diante dessas investidas, mas que seja cada vez mais fortalecida, mantendo os olhos fitos em Jesus.