Cultos contam com mais de 2 mil voluntários, de 27 denominações diferentes

Muitas pessoas já ouviram a frase “cadeia é lugar de bandido”, realmente não deixa de ser uma verdade. Mas, agora é possível acrescentar um complemento e dizer que: “cadeia também é lugar de convertido”. Isso porque, os mais de 20 mil detentos do Estado do Espírito Santo demonstraram estarem sendo impactados por meio da palavra de Deus.

Esse movimento tem acontecido porque foram criadas as “Igrejas dos Presos. Nelas, tudo acontece como em uma igreja tradicional, pois louvores evangélicos são entoados, a pregação da Bíblia é transmitida e as orações são realizadas. Dentre eles, existem até exorcistas para expulsar espíritos malignos. No entanto, há uma diferença mínima, a oferta e dízimos não são recolhidos.

“Muitas vezes a gente está orando e um dos presos, que alguém fez alguma obra maligna, na hora, perde as forças nas pernas. A gente ora e Jesus liberta”, contou o pastor Pedro Gusmão, pertencente à Assembleia de Deus.

De acordo com o secretário de Estado da Justiça (Sejus), Wallace Pontes, há mais de dois mil voluntários, de 27 denominações religiosas, que atuam nos presídios capixabas. “A assistência religiosa tem uma relevância muito grande no processo de ressocialização do preso”, declarou.

Um dos integrantes da Casa de Detenção em Vila Velha, Macris Rayoni Santos Paiva, de 32 anos, contou que os internos convertidos eram transferidos da “cela dos ímpios” e para “cela de igreja”.

“Na cela dos ímpios, na época em que estive preso, podia ter televisão, celular irregular. Na cela da igreja, era uma coisa mais séria, porque tinha que seguir os princípios de Deus. Telefone celular na cadeia é proibido”, explicou.

Além dessa regra, os presos que decidiam se converter a Cristo eram vigiados pelos demais detentos. Quem contou detalhes foi Leonardo Moraes de Souza, 25 anos.

A prova de que esses cultos mudam a vida de muitos detentos pode ser vista na conversão de Alair Bracinho, de 52 anos. Ele era responsável por chefiar um exército com mais de 200 traficantes. Nos anos 2000 ele ordenou incêndios em ônibus de dentro da cadeia. Por causa dessas transgressões, Bracinho chegou a ser transferido para um presídio fora do Estado.

Apesar de tudo, o ex-traficante conseguiu ter a sua vida transformada após frequentar os cultos dos presos.  “Bandidos de alta periculosidade aceitaram Jesus na cadeia, principalmente, por causa da igreja que tinha lá dentro que evangelizava todos os dias fazíamos os cultos pela portinhola todos os dias às 19 horas”, detalhou.

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br/