Liga árabe deve levar o assunto para votação ainda este mês

A Liga Árabe, união política de 22 nações de governo islâmico, está preparando uma “ofensiva diplomática” cujo objetivo é fazer a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecer a Palestina como nação. Isso incluiria decretar Jerusalém Oriental como sua capital, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi.

Os chanceleres de Egito, Marrocos, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Palestina e Jordânia reuniram-se em Omã. O objetivo é gerar um movimento de oposição à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. Eles sabem que o domínio islâmico na ONU está consolidado, tendo em vista as constantes resoluções aprovadas na entidade contra Israel.

A questão da mudança de status de Jerusalém já foi votada no Conselho de Segurança da ONU em 18 de dezembro, quando Washington precisou usar seu poder de veto. O assunto foi levado para a Assembleia Geral da ONU, onde 128 países decidiram torná-la “nula e sem efeito”. Mesmo assim, Trump não voltou atrás.

A Jordânia é o país responsável por atuar como “guardiã dos lugares sagrados do Islã” e desde 1967 tem o controle do Monte do Templo. Para os jordanianos, a decisão de Trump é “uma violação do direito internacional”. O ministro Safadi insiste que “segundo as leis internacionais, Jerusalém é um território ocupado”.

Atualmente, a Palestina, um estado não contíguo, que reúne a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, possui o status de “estado observador” e não é reconhecida como nação pela maioria dos países. O Brasil foi o primeiro país não islâmico a hospedar uma embaixada pelestina em seu território.

O reconhecimento pela ONU da Palestina como uma nação independente resultaria em uma disputa armada pelos territórios disputados com Israel. Caso sejam observadas as linhas de demarcação de 1967, Jerusalém seria necessariamente dividida em duas.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já declarou diversas vezes que seu país não abriria mão de Jerusalém, que completou 50 anos de unificação em 2017. Após o final da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel retomou da Jordânia a porção ocidental da cidade. Com informações de Times of Israel

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br