Conflito de fações jihadistas pode ser uma nova ameaça para Israel

O braço do Estado Islâmico (EI) na Península do Sinai, Egito, anunciou nesta quinta-feira (4), que está em guerra contra o Hamas, grupo terrorista palestino que controla a Faixa de Gaza.

Após meses de rivalidade declarada, o anúncio foi feito em um vídeo de 22 minutos publicado em sites jihadistas, onde o EI pede ataques de seus simpatizantes contra o Hamas. O final da gravação mostra a execução, com um tiro na nuca, de um ex-membro do Estado Islâmico, acusado de contrabandear armas para o Hamas.

“[Hamas] usa suas armas contrabandeadas para fortalecer o que não foi revelado por Allah. Também luta contra simpatizantes do Estado islâmico em Gaza e no Sinai e evita a migração desses guerreiros de Gaza para o Sinai”, disse o narrador do vídeo, identificado como Abu Kazem al-Maqdisi, um pregador hoje ligado ao EI, mas que nasceu em Gaza.

Os analistas que monitoram grupos palestinos dizem que esse rompimento pode criar uma grande instabilidade na região e, no final, representar um novo perigo para Israel. Uma eventual tomada da Faixa de Gaza pelo EI teria várias consequências, a julgar pelo que eles fizeram no seu “califado” entre 2014 e 2017.

EI quer exterminar os judeus por causa do sua “falsa fé”

Chama atenção que, logo no início do vídeo, o EI condena o fracasso do Hamas em impedir o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, anunciado em 6/12 pelo presidente Donald Trump.

As diferenças entre os dois grupos extremistas começaram há um ano, desde que o Hamas reforçou seu controle de fronteira com o Sinai, numa tentativa de se reaproximar do governo egípcio, que vem combatendo os militantes do EI no país. O Hamas também tem tentado reatar laços com a Autoridade Palestina, comandada pelo Fatah, sabidamente corrupto.

A principal queixa do Estado Islâmico é que os palestinos não estão lutando contra com os judeus “pelas razões certas”. O vídeo mostrou trechos de discursos de líderes do Hamas dizendo que lutam contra Israel por causa da “ocupação de suas terras” e que o grupo não trava uma guerra contra a religião judaica.

O Estado islâmico também criticou o Hamas por aceitar os “valores democráticos” por fazerem eleições e por serem “agentes do Irã”, uma vez que Teerã é o maior patrocinador dos atos terroristas do Hamas contra Israel. Com informações Times of Israel

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br