Nicholas Damask é professor de Ciência Política no Arizona (EUA) e recebeu ameças de morte após fazer ligações entre terrorismo e islamismo.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA CBN NEWS

O Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) está processando uma faculdade comunitária local do Arizona e um professor por ensinar que o Islã não é uma “religião pacífica”.

O site Campus Reform relatou que o CAIR entrou com a ação contra a faculdade Comunitária de Scottsdale, no estado do Arizona, juntamente com o professor Nicholas Damask, depois que o professor comunicou a seus alunos uma “desaprovação do Islã como uma religião legítima e pacífica”.PUBLICIDADE

Um dos alunos de Damask, Mohamed Sabra, é muçulmano. Ele disse que ficou “chocado e ofendido” quando o professor ensinou sobre o islamismo e apontou sua conexão com o terrorismo.

De acordo o site Campus Reform, uma das três perguntas para uma atividade passada pelo professor era: “Onde o terrorismo é incentivado na doutrina e na lei islâmicas?” e a resposta seria “Nos versos de Medina”. O aluno disse que esta pergunta mostrou a “hostilidade e desaprovação claras ao Islã” pelo professor.

Embora Damask, presidente do Departamento de Ciência Política da SCC, tenha declarado que “nunca se desculparia por ensinar o conteúdo” no questionário, o Dr. Steven R. Gonzales, chanceler interino da escola, divulgou um comunicado pedindo desculpas a qualquer um que tenha se sentido ofendido pelo material. Ele disse que a faculdade removeria as perguntas no futuro e Sabra seria penalizado por ter feito elaborado e exposto as perguntas.

A Fundação para os Direitos Individuais na Educação (FIRE) enviou uma carta a Gonzales em defesa dos direitos do professor.

“As faculdades não podem tirar os direitos de liberdade acadêmica de um professor, só porque isso pode gerar críticas nas mídias sociais”, disse Katlyn Patton, autora da carta da FIRE.

Posteriormente, Gonzales pediu desculpas pessoalmente por como a escola lidou com a situação.

Como a CBN News relatou, o CAIR tenta defender a reputação do Islã nos Estados Unidos, embora o grupo tenha sido nomeado pelo governo dos EUA como co-conspirador não-acusado em um caso de terrorismo de destaque há mais de uma década.

No caso do professor Damask, o CAIR está reivindicando em seu processo que o docente não mencionou “o terrorismo doméstico nos Estados Unidos, estimulado pela supremacia branca e crimes de ódio motivados racialmente”. O grupo também insiste que eles tiveram que “desviar seus recursos para criar uma campanha corrigindo as informações islamofóbicas”.

Apesar do reconhecimento pela faculdade sobre a liberdade acadêmica do professor, o CAIR diz que a escola deve ser responsabilizada porque “está sob observação de que Damask estava ensinando a desaprovação do Islã”.

Como “Damask ensina um módulo concluindo que o Islã ‘exige’ terrorismo e matança de não-muçulmanos”, o CAIR afirma que isso é uma violação da Cláusula de Estabelecimento da Primeira Emenda, de acordo com a Reforma do Campus.

Ameaças

O professor recebeu inúmeras ameaças de morte on-line endereçadas a ele e sua família, depois que um estudante se queixou do conteúdo de um teste que abordava a questão do terrorismo islâmico.

Damask também soube foi que a página do Instagram da faculdade foi bombardeada com mensagens ameaçadoras e odiosas sobre ele, a faculdade e o conteúdo do questionário. Os comentários on-line incluíram: “se ele ainda estiver por perto, sugiro que o aluno tome providências para garantir que ele não esteja”, “Morra!” e “Espero que um dia um garoto entre nessa faculdade atirando”. Havia também uma ameaça de queimar a escola.

Acredita-se que o aluno postou as perguntas do questionário na conta do Instagram de um conhecido comediante muçulmano, que tem cerca de 125.000 seguidores. Aparentemente, isso levou ao grande número de postagens ameaçadoras e depreciativas na página da faculdade.

A faculdade respondeu a essas ameaças tomando partido do alunos que fez a publicação. Funcionários da faculdade afirmaram no Instagram que o aluno estava correto e o professor estava errado, disse Damask em entrevista para um jornal local. Nenhuma queixa foi apresentada pelo aluno e processo contra o professor ainda não foi a julgamento.