Um pastor do litoral da província de Zhejiang, na China, foi solto após passar vários meses na prisão por protestar em favor das igrejas que enfrentavam a demolição em massa de cruzes. De acordo com a “China Aid”, uma organização dedicada a expor os abusos contra a liberdade religiosa na China, o pastor Wen Xiaowu foi detido em abril com sua esposa, Xiang Lihua, e seu filho mais velho, Wen Yidian.

O incidente ocorreu pouco tempo depois de Wen ter entrado em contato com funcionários do Consulado dos Estados Unidos e jornalistas estrangeiros. O pastor fez isso com o objetivo de dar uma atualização sobre o governo comunista, que havia colocado em prática uma campanha que demoliu pelo menos 1.200 cruzes e vários outros locais de culto nos últimos dois anos.

Wen Xiaowu e Xiang tinham fornecido consulta jurídica para as igrejas que estavam enfrentando a campanha de demolição e, por isso, foram oficialmente acusados de “reunir uma multidão para perturbar a ordem social”. Wen Yidian foi levado em custódia da polícia na mesma noite, acusado de “obstruir serviço público” por resistir à prisão de seus pais.

Livre da prisão

Na última sexta-feira (9), o pastor foi finalmente liberto, no entanto, deve passar seis meses sob “vigilância residencial”. Segundo o relatório da China Aid, “a família de Wen agradece à comunidade internacional por defender a sua libertação e diz que eles permanecem na luta contra o governo”.

O Partido Comunista manifestou desconforto com a crescente influência do cristianismo no país. No ano passado, o presidente Xi Jinping pediu à China para voltar às crenças tradicionais e impôs duras restrições sobre as religiões “ocidentais”, como o cristianismo.

Centenas de cristãos, incluindo pastores, advogados e ativistas, foram presos por se manifestarem contra a perseguição em curso, e muitos deles ainda estão detidos. Advogados de direitos humanos que prestam apoio legal às igrejas na China também foram submetidos a brutalidade da polícia e foram coagidos a confessar na televisão que eles têm perturbado a paz e comprometido a segurança nacional.

Na semana passada, a polícia prendeu o bispo de Wenzhou, Peter Shao Zhumin, porque ele não foi aprovado pelo governo chinês. O site “AsiaNews” informou que no momento de sua prisão, Shao estava fazendo os preparativos para honrar o funeral de Vincent Zhu Weifang, o bispo original de Wenzhou, que morreu no início desta semana. Os cristãos locais acreditam que as autoridades prenderam Shao para impedi-lo de participar do funeral e da tomada de posse.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO SITE GOSPEL HERALD