O cristão perseguido visitou igrejas para descrever a perseguição no México

Fonte: Portas Abertas

Nas últimas duas semanas, o pastor Jaime (pseudônimo) viajou por igrejas em São Paulo, Guarulhos, Campinas e litoral paulista para compartilhar a realidade dos cristãos perseguidos no México. Veja o comentário das pessoas que ouviram o pastor pessoalmente: 


“Quando ouvi o testemunho do irmão Jaime, pude ver o quanto Deus luta por nós e está a nossa frente sempre. Vamos continuar passando por aflições até Jesus voltar, mas temos um Pai que cuida de nós e nos protege.”
  (Mateus, igreja Bola de Neve, São Vicente-SP) 


Situações como a que o pastor Jaime viveu põem em xeque nossa vida e nossa fé. Conversar com o pastor me fez pensar: eu teria feito o mesmo? Pude refletir sobre a obediência e submissão a Cristo. Questionar se de fato obedeço ao Senhor a todo custo. O que tenho feito em um país livre para Cristo?”  (Daniele Cardoso, igreja Bola de Neve, São Paulo- SP) 


Dois grupos dominam territórios negligenciados pelo Estado no México: as gangues e as comunidades indígenas. Nesses locais, o que valem são as leis impostas por esses grupos, não a Constituição mexicana. Ambos desprezam os cristãos, por isso, aqueles que se convertem podem perder os direitos.  

Sem direitos 

“Os filhos são tirados da escola, as famílias perdem o direito de lavrar a própria terra, os cristãos deixam de ser cidadãos nessas comunidades. Não podemos comprar, nem vender ou plantar”, conta o pastor.  


Jaime conheceu a Cristo na capital mexicana, a Cidade do México, depois de anos de oração da esposa. Ele abandanou os vícios e foi completamente transformado. Depois de alguns anos servindo na capital, ele decidiu ir com a família para uma comunidade indígena e pregar o evangelho.  

Grande pressão 

Durante o tempo em que viveu nessa comunidade, algumas famílias chegaram a ouvir o evangelho, mas apenas uma delas permaneceu em Cristo. A pressão dos líderes locais cresce gradualmente até a perda total de direitos, um custo alto demais para algumas pessoas. 


“Decidimos confiar em Deus sempre. Mesmo sob grandes ameaças, minha esposa e filhos me apoiaram para que não renunciasse a Jesus. Era difícil. Meus filhos passavam fome e eu não conseguia suprir as necessidades da minha família porque eu não negava a fé em Cristo”, continua Jaime.  

Apesar de apresentar um documento oficial do governo garantindo a liberdade de religião, os líderes da comunidade indígena disseram que aquelas leis não valiam para eles. “Nossos vizinhos se armaram com pedras, paus e facões para me impedir de compartilhar o evangelho, atacaram minha casa e agrediram minha família.” 

Mesmo nos momentos mais difíceis, o pastor Jaime teve clareza de que a justiça pertencia ao Senhor e que Deus tinha poder para fazer milagres. De fato, quando o desespero por ver a família atacada tomou o coração de Jaime, ele viu milagrosamente todos os agressores deixarem a família e focarem apenas nele, como tinha orado. Ele foi preso, torturado e, por fim, expulso da comunidade.

Novo começo 

A Portas Abertas conheceu Jaime há pouco tempo e o ajudou a construir um pequeno negócio em outra região. Hoje ele consegue sustentar a família, trabalha como colaborador da Portas Abertas e há pouco tempo reencontrou um dos agressores que o atacaram. Ele pôde oferecer pão e água e compartilhar o evangelho com aquele que o considerava um inimigo. Um verdadeiro milagre.  


Agradecemos a todos que ouviram o pastor Jaime por onde ele passou e esperamos que outras igrejas possam ter esse contato direto com os cristãos perseguidos. Informe-se na página.