Veja como esse tipo de perseguição dificulta o crescimento do Reino de Deus

Fonte: Portas Abertas

Protecionismo denominacional é um dos nove tipos de perseguição classificados pela Portas Abertas. Acontece quando uma determinada denominação cristã persegue outra com o objetivo de ser a única expressão legítima ou dominante do cristianismo no país.  

Esse tipo de perseguição pode acontecer por pressão sutil ou violência aberta, mas na maioria dos casos há uma busca por fazer oposição sem usar a violência. Costuma acontecer em países onde grandes denominações tradicionais e históricas são aceitas pelo governo em detrimento de outras comunidades.  

A rivalidade entre as denominações muitas vezes é usada pelo governo para impedir que as pequenas igrejas existam, tenham registro e evangelizem pessoas da maioria religiosa do país. Esse tipo de perseguição impede que o Reino de Deus cresça e se expanda em suas múltiplas formas.   

Em quais países da Lista Mundial da Perseguição 2023 há o protecionismo denominacional?  

O protecionismo denominacional está presente na Eritreia (4º), Irã (8º), Síria (12º), Iraque (18º), Etiópia (39º), Camarões (45º), Jordânia (49º). E na Lista de Países em Observação, esse tipo de perseguição pode ser encontrado na Rússia (61º), Ruanda (63º), Burundi (65º), Angola (68º) e Bielorrússia (76º).  

Como os cristãos são afetados pelo protecionismo denominacional? 

O protecionismo denominacional acontece de diferentes formas. Na Eritreia, por exemplo, apenas as igrejas ortidoxa, católica e luterana podem existir e são aceitas pelo governo e pela sociedade. Quando os cristãos passam a se reunir em casas ou pequenas igrejas com uma teologia diferente, costumam ser presos e podem ficar por décadas em contêineres insalubres. Além disso, a comunidade e os familiares que frequentam as igrejas autorizadas pelo governo perseguem as pessoas que decidem mudar para denominações “não oficiais”.


Cristãos de igrejas não registradas são detidos e presos em contêineres para que neguem a fé em Jesus

No Irã, os cristãos assírios e armênios são “protegidos” pelo governo, apesar de serem tratados como cidadãos de segunda classe. Essas igrejas históricas não podem receber muçulmanos nos cultos e nem compartilhar sobre Jesus com eles. Quando uma igreja desobedece as regras, acaba instigando medo e colocando os cristãos históricos em risco.  

Já em Ruanda, o governo impôs que todos os pastores tenham diplomas universitários e dificultou a concessão de registros para as igrejas funcionarem. As igrejas mais tradicionais apoiam a pressão do governo sobre as comunidades cristãs menores e mais recentes, como as pentecostais.  

Os cristãos russos que saem da Igreja Ortodoxa Russa (IOR) são excomungados e isolados, principalmente se casarem com pessoas de outras denominações. Esse tipo de perseguição também acontece na Bielorrússia, além de ser proibido qualquer tipo de evangelização de outra igreja.   

Como a Portas Abertas trabalha para minimizar o protecionismo denominacional?  

A Portas Abertas trabalha de diversas maneiras para promover a unidade entre os cristãos em países onde há o protecionismo denominacional. Por meio de treinamentos bíblicos e contato com diversos líderes de diferentes igrejas, é possível melhorar a comunicação entre os cristãos e fazê-los entender que trabalham com o mesmo propósito da edificação do corpo de Cristo.