Ele criou e mantém o Centro de Estudos do Crescimento da Igreja, no Missouri, sul dos Estados Unidos. Além de monitorar o que ocorre nas principais denominações, o Centro publica um levantamento global baseados nas estatísticas disponibilizadas pelos ministérios. Seu foco maior são as igrejas americanas, que criaram o conceito de “mega” na década de 1950.
Quando o dr. Vaughan escreveu seu livro “As 20 maiores igrejas do mundo”, em 1985, apenas 27 igrejas evangélicas com mais de 6.000 fieis por culto eram conhecidas no planeta. Mais da metade delas ficavam nos EUA.
Hoje, o estudioso se concentra em analisar as 200 maiores igrejas do país, todas com mais de 6.000 pessoas. Seus levantamentos não incluem igrejas católicas, pois o conceito de membresia é diferente nesse segmento cristão.
A Igreja do Evangelho Pleno, em Seul, Coréia do Sul, é considerada a maior megaigreja do mundo. Liderada durante muitos anos pelo pastor Paul Yonggi Cho, conta atualmente com mais de 800.000 membros. O modelo americano, baseado em eventos, foi usado num primeiro momento, mas os coreanos imprimiram suas características, sendo que o foco da maioria delas é a oração.
O crescimento mais rápido dessa tendência ocorre em países asiáticos. Para efeitos de comparação, a ilha de Cingapura, nação com 5 milhões de habitantes possui 14 megaigrejas, a maior concentração do planeta.
O “sucesso” do modelo original ainda está em alta em nações como a Nigéria, por exemplo. Apesar de conviver com grandes tensões religiosas entre cristãos e muçulmanos, o país mais populoso do continente africano possui pelo menos 25 megaigrejas. Pelo menos 15 delas declararam ter mais de 20.000 membros.
Na América do Sul, indica Centro de Estudos do Crescimento da Igreja, a maior das megaigrejas é a Vision de Futuro, em Santa Fe, Argentina, com 80.000 membros.
Não existe uma pesquisa sobre o número de megaigrejas no Brasil. O maior espaço de culto evangélico é o Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus. Essa denominação possui megaigrejas em quase todas as capitais do país. A Igreja Internacional da Graça e a Igreja Mundial do Poder de Deus também possuem templos que são considerados megaigrejas.
Além dessas igrejas com grande apelo de mídia, existem templos da Assembleia de Deus em diversas cidades que reúnem mais de dois mil membros. Destacam-se ainda a Igreja da Paz, em Santarém, que congrega cerca de 50 mil. A Igreja Batista da Lagoinha tem um número semelhante de membros.
Modelo emergente é de igrejas-satélites
De várias maneiras, as tendências eclesiásticas americanas tendem a ser copiadas pelo restante do mundo. Em solo americano, seis em cada 10 das maiores igrejas ainda estão crescendo. Cerca de 1,6 milhões de pessoas atualmente participam das megaigrejas dos Estados Unidos. Por outro lado, 9 em cada 10 igrejas ainda são pequenas congregações, mais tradicionais.
A Igreja Lakewood, em Houston, Texas, liderada por Joel Osteen é a maior megaigreja da América, com 52.000 pessoas presentes a cada domingo. Foram 7.200 novos fiéis desde 2010. Em 1999, quando morreu o seu fundador, John Osteen, pai de Joel, ela tinha “apenas” 10 mil membros.
Ainda segundo o levantamento de Vaughan, a tendência que está se consolidando é o de igrejas com templos em diferentes lugares, mas todas interligadas. Pessoas de 21 cidades, em sete estados distintos afirmam pertencer à Life Church, cuja sede fica em Edmond, Oklahoma.
Mais da metade dos seus 70.000 membros participam do culto de domingo em telões nas “igrejas satélites” e veem o que acontece na sede por videoconferência. As demais atividades são lideradas por pastores locais.
Fonte: noticias.gospelprime.com.br