Desde o início do ano, os ataques na Nigéria mataram pelo menos 6 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças.
Milhares de cristãos nigerianos foram desalojados devido ao massacre em massa nas aldeias ao redor de Jos, no estado de Plateau. De acordo com um missionário local, que trabalha para a Portas Abertas, eles estão vivendo um “inferno vivo” de agonia.
“Os cristãos deslocados estavam em uma situação caótica”, disse na última terça-feira (3) um funcionário da Portas Abertas dos Estados Unidos, identificado como Kerrie.
“A vida se tornou um inferno para eles. Eles perderam entes queridos, casas e tudo pelo que tinham em um piscar de olhos. É difícil de descrever a agonia que eles estão passando. Vimos pessoas que ainda estavam de luto com o que acabaram de passar. As crianças choravam histericamente, talvez por causa da fome ou talvez por causa do trauma”, disse ele.
A Portas Abertas, juntamente com algumas igrejas indígenas, está levando ajuda às pessoas da área. Estima-se que pelo menos 3 mil cristãos foram desalojados pelo massacre de mais de 200 pessoas em uma série de ataques no final de junho.
Líderes cristãos na Nigéria disseram que cerca de 6 mil pessoas, a maioria mulheres e crianças, foram mortas por muçulmanos de etnia Fulani, desde o início do ano.
“O que está acontecendo no estado de Plateau e outros estados seletos na Nigéria é puro genocídio e deve ser interrompido imediatamente”, disse a Associação Cristã da Nigéria e os chefes denominacionais da Igreja em Plateau, na semana passada.
“Estamos particularmente preocupados com a insegurança generalizada no país, onde ataques e assassinatos arbitrários de pastores, bandidos e terroristas armados vêm acontecendo diariamente em nossas comunidades, apesar dos enormes investimentos nas agências de segurança”, acrescentou a organização acusando a administração do presidente Muhammadu Buhari de falhar em seus deveres.
Em um artigo publicado no início dessa semana, a Portas Abertas revelou que sua equipe pôde levar alimentos para dois campos onde os cristãos deslocados encontraram abrigo. “Quando viram a van, eles gritaram de alegria. Alguns simplesmente explodiram em lágrimas”, disse Kerrie.
“Imediatamente, as mulheres nos campos começaram a cozinhar para as famílias e a compartilhar a comida entre elas”. Os cristãos deslocados agradeceram ao grupo de vigilância.
“Agradeço a Deus que alguns de nós puderam escapar, e agora nos encontramos aqui neste acampamento. Quero agradecer a Portas Abertas. Eu me lembrei que nos visitaram para ver a situação em que estamos. Dissemos que há muita fome, falta de abrigo e nada de roupas. Tudo foi destruído e, no acampamento, não há comida para comer”, disse a mulher.
“Mas agradecemos a Deus por usar a Portas Abertas para trazer ajuda para nós. Em apenas um dia, vocês responderam ao nosso pedido. Até o governo não fez o que vocês fizeram conosco. Vocês trouxeram itens de alimentos e produtos de higiene para nós. Somos realmente gratos”, finalizou.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN POST