Conheça um pouco do trabalho de contrabando de Bíblias feito pela Portas Abertas para a China
Fonte: Portas Abertas
À medida que o contrabando de Bíblias para a Europa Oriental e a Rússia prosperava, Irmão André passou a olhar com interesse, além da União Soviética, para a vasta China. Se já houve um dia um país fechado, certamente foi a China. E, no entanto, Cristo morreu também por essas centenas de milhões de pessoas. Não deveriam, pois, ter a oportunidade de ouvir falar de Jesus e ler a Bíblia?
Por isso começou o planejamento do Projeto Arco-íris, estratégia mais ousada de entrega de Bíblias na China até então. Como seria feita? A equipe asiática teve uma ideia sagaz. A Feira Comercial de Cantão estava para acontecer. Toda primavera e outono, esse evento levava a Cantão milhares de empresários estrangeiros convidados. Porém somente grupos tinham permissão de entrar no país, mas durante a visita eram mais bem tratados que turistas. A estratégia era pedir a um empresário cristão que solicitasse um convite, incluindo outros cristãos em seu grupo. Isso possibilitaria uma entrega volumosa.
O projeto envolvia a visita de 30 mensageiros à China durante a feira. Eles levariam duas grande malas vazias e uma mochila com as roupas. Em Hong Kong, cada mala receberia 500 Novos Testamentos, num total de mil livros por pessoa. Trinta mensageiros totalizariam 30 mil Bíblias para os cristãos chineses.
Para minimizar as suspeitas, os mensageiros entrariam em dias e horários diferentes ao longo de duas semanas, geralmente em grupos de três ou quatro. A parte mais arriscada era passar pela alfândega, onde as malas eram periodicamente revistadas. Essa era a maior vulnerabilidade, já que as malas continham apenas Escrituras, mais nada. Se o funcionário abrisse só uma mala, a carga seria descoberta imediatamente.
Outro fator preocupante era o peso das malas. Os mensageiros receberam a instrução de fazê-las parecer leves quando passassem pela alfândega. Isso seria bastante difícil para alguns da equipe, que contava com homens idosos, várias mulheres e um jovem com pé quebrado.
Tudo dando… errado?
Tudo parecia correr muito bem, milhares de Novos Testamentos chegaram à China sem obstáculo. Mas os funcionários da alfândega acabaram encontrando duas das cargas. Os homens puderam entrar, mas tiveram de deixar os livros para pegá-los quando saíssem do país.
Os líderes ficaram preocupados e decidiram aguardar 24 horas e orar. A resposta que tiveram do Senhor era para continuar. Os mensageiros restantes continuaram a entrar. Quando os homens das cargas descobertas deixaram a China, levaram as Bíblias de volta para Hong Kong. Lá, foram acondicionadas em malas diferentes e levadas para a China por outras pessoas.
Um dos mensageiros teve muita dificuldade em lidar com as malas pesadas e, quando chegou à alfândega, pareciam pesar uma tonelada cada. Assim, ao pegar a bagagem para aproximar-se do funcionário, ele orou: “Em nome de Jesus, ergam-se”. As malas pareceram erguer-se imediatamente do chão. Ele passou rápido pela alfândega, e assim que virou a esquina, as malas caíram pesadamente de novo. No final, 30 mil Novos Testamentos chegaram em segurança às mãos de cristãos chineses em questão de dias.
Depois do Projeto Arco-íris, um milhão de Bíblias foram levadas em apenas uma noite para a China. Esse feito ficou conhecido como Projeto Pérola. Louvado seja o Senhor por sua fidelidade e proteção. Nada é difícil demais para o Senhor, e tarefa nenhuma é grande demais. Os cristãos na China ainda precisam de apoio. Faça parte do legado do Irmão André.
