Legislação criminaliza manifestações diante de clínicas de aborto
A Assembleia de Londres é um órgão legislativo que se assemelha à Câmara dos Vereadores no Brasil. Na semana passada, eles aprovaram uma moção que proíbe manifestações pró-vida diante de clínicas de aborto, mesmo que sejam pacíficas. Os policiais poderão prender todos que participarem dessas atividades.
A proposta é de Fiona Twycross, vereadora do Partido Trabalhista, que acusou os cristãos que se opõe ao aborto e oferecem apoio às mulheres de “obstrução, intimidação e assédio”. Caso seja aprovada no mês que vem, diz a autora, a lei “enviará a mensagem clara que o comportamento ameaçador não será tolerado nas ruas de Londres”.
De acordo com o site LifeNews, Twycross insiste que a lei não impede a liberdade de expressão, mas acredita que as vigílias de oração e os cartazes com versículos são “ataques direcionados a uma minoria”. A política diz que as mulheres que buscam o aborto estão sendo “perseguidas” pelos ministérios cristãos. Caberá à prefeitura de Londres, nas próximas semanas, sancionar ou vetar a moção.
Segundo o site conservador Breitbart, a ONG Good Counsel, um grupo cristão pró-vida, se manifestou, mostrando que eles nunca tiveram problemas com a polícia nos 23 anos de promoção de vigílias de oração e trabalho de apoio às mulheres. Também enfatizou que as mães que foram ajudadas pelo grupo sempre “elogiaram suas ações”. Uma legislação anterior já havia estabelecido uma “zona livre” de 100 metros ao redor das clínicas, onde não poderia haver protestos.