Existem agora mais de três milhões de cristãos em Myanmar, que constituem 6,2% da população, em comparação com apenas 4,9% em 1983, relata a organização internacional de vigilância sobre perseguição religiosa, ‘World Watch Monitor’ (WWM).

A população cristã de Myanmar – país de maioria budista – cresceu em quase um terço nas três últimas décadas, conforme novos registros revelam.

Existem agora mais de três milhões de cristãos em Myanmar, que constituem 6,2% da população, em comparação com apenas 4,9% em 1983, relata a organização internacional de vigilância sobre perseguição religiosa, ‘World Watch Monitor’ (WWM).

Há especulações de que a liberação desses números – coletados em uma pesquisa de 2014 – sobre a população e a habitação pelo Fundo para Populações das Nações Unidas, foi adiada para evitar uma reação dos nacionalistas budistas (extremistas).

De acordo com a organização ligada à ONU, no entanto, o atraso foi porque era necessário mais tempo “para análise e consulta”.

O cristianismo é atualmente a segunda maior religião em Myanmar. Quase nove em cada dez pessoas são budistas. Houve também um pequeno aumento no número de hindus e uma queda na quantidade de ateus e muçulmanos, embora os muçulmanos Rohingya não tenham sido incluídos na pesquisa, por não terem o status de cidadão. Se o fizessem, Myanmar teria o dobro de muçulmanos que foram registrados na pesquisa, no valor de 4% da população.

Apenas o estado de Chin no país tem uma maioria cristã. Há também muitos cristãos em Shan e Kachin. Em Karen, os cristãos estão sob ameaça de nacionalistas budistas que construem templos budistas ilegais em terrenos pertencentes a igrejas, segundo relatórios da WWM.

Thomas Muller, da Missão Internacional Portas Abertas, que apoia as minorias cristãs no mundo, disse à WWM: “Como o grupo nacionalista budista, Ma Ba Tha continua alertando que o influxo de muçulmanos ameaça a maioria budista de Myanmar, havia o temor de que, se o censo mostrasse um crescimento do percentual da população muçulmana, isso poderia potencializar as tensões. Mas os muçulmanos só experimentaram um crescimento lento, mesmo incluindo os auto-identificados Rohingya, que não foram contados no censo”.

“Mas seríamos como míopes se ignorássemos tais medos agora. O grupo Ma Ba Tha não é apenas anti-muçulmano, é nacionalista budista. Assim, os cristãos poderiam entrar cada vez mais em sua mira. Especialmente quando, considerando que o relatório da revista ‘Myanmar Times’ diz que o número de cristãos no Estado de Kachin foi fortemente subestimado. Em qualquer caso, os números mostram a diversidade religiosa de Myanmar e que o governo enfrenta desafios com isso”.

 

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIAN TODAY