Muitos fogem da Coreia do Norte porque o país é o pior lugar do mundo para quem decide seguir Jesus.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA PORTAS ABERTAS

Ao lembrar que no mês de junho é celebrado o Dia Mundial do Refugiado, a Portas Abertas destacou a situação dos cristãos que fogem da Coreia do Norte por causa de intensa perseguição religiosa.

No mundo todo, há mais de 100 milhões de pessoas deslocadas por diversos motivos, entre eles, as guerras na Síria, Iraque e Ucrânia.

Mas, a crise de refugiados da Coreia do Norte é o que tem chamado mais a atenção. “O país governado por Kim Jong-un lidera com mão de ferro e emprega ideologias tóxicas para suprimir as pessoas”, diz a organização.

Ainda assim, o controle rígido e o sistema de monitoramento não são as principais razões pelas quais as pessoas buscam escapar, e sim a fome.

‘É perigoso fugir’

O risco de ser pego é muito alto e as punições severas, entre elas prisão, tortura, campos de trabalho forçado ou até mesmo a morte. Por isso, as pessoas tentam chegar à China como se a vida delas dependesse disso.

Geralmente, a pessoa é detida em uma prisão chinesa por algumas semanas ou mesmo meses. Depois, ela é transferida para as autoridades norte-coreanas.

O prisioneiro é transportado para uma prisão local perto do lugar de onde é originalmente. Lá, a pessoa será interrogada e torturada por semanas até que haja uma confissão.

As condições da prisão são muito severas e muitos não sobrevivem à desnutrição, má higiene e tortura física e mental. Após ser condenado, o antigo refugiado geralmente fará trabalho forçado em um campo.

Estratégias de fuga

Geralmente, estes são os estágios da fuga: preparação, travessia, estadia na China e destino final na Coreia do Sul.

Na preparação o mais importante é não falar sobre o plano para ninguém, além de parentes mais próximos ou amigos. É muito importante ter um intermediário para ajudar na travessia da fronteira.

Conforme a Portas Abertas, as fronteiras são fortemente guardadas e os intermediários cobram milhares de dólares para preparar a travessia do rio e levam a pessoa a uma casa segura. Atualmente, é quase impossível escapar sem um intermediário.

No lado chinês, é preciso cortar a cerca de arame farpado ou usar um cobertor para cobrir os espinhos metálicos ao escalar a cerca. Nesse processo, infelizmente, muitas mulheres são traídas e vendidas a homens chineses.

A maioria dos refugiados fica na China durante um tempo, alguns trabalham ilegalmente. Nem todos chegam à Coreia do Sul.