Diante da ideia de unir embriões humanos e animais, bioeticistas cristãos alertam que os experimentos podem gerar animais com vestígios de inteligência humana.

Bioeticistas evangélicos têm reunido esforços contra a proposta do governo dos Estados Unidos de financiar a experimentos que pretendem iniciar a criação de embriões híbridos — meio humanos e meio animais.

De acordo com a principal agência americana de pesquisa médica, National Institutes of Health, o foco dos experimentos seria estudar as doenças humanas e gerar órgãos humanos em animais, para que eles se tornem potenciais transplantes.

No entanto, bioeticistas cristãos alertam que a pesquisa apelidada de “quimera” — monstros híbridos de diversos animais, que fazem referência à mitologia grega — inclui a destruição de embriões humanos, a criação de animais com vestígios da inteligência humana e com a capacidade de produzir a prole humana.

“Poucas pessoas vão se opor ao uso de animais para a criação de tecidos humanos discretos, como rins ou pâncreas. Mas, se os meios para esse fim envolvem métodos imorais, ou exigem a destruição de seres humanos ainda não nascidos, o fim não justifica os meios”, disse ao site Baptist Press o reitor e professor de Filosofia Moral na Union University,  C. Ben Mitchell.

De acordo com Mitchell, a pesquisa proposta poderia levar ao desenvolvimento de uma nova espécie. Sua sugestão é confirmada pelo pesquisador biomédico Charles Patrick, vice-presidente de comunicações no Seminário Batista em Southwestern.

O pesquisar afirma que a inserção do tecido cerebral humano em animais poderia “provocar a transferência de características humanas (tais como inteligência, consciência ou fala) em um animal”.

“A Bíblia é clara em Gênesis que Deus criou o homem diferentemente dos animais, e deu autoridade ao homem sobre os animais. Parece prudente ter muito cuidado com as tecnologias que, potencialmente, borram a distinção estabelecida na ordem criada por Deus”, ressalta Patrick.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CHRISTIAN TODAY