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Para Miriam Belchior (planejamento), o projeto não prevê inundação de terras indígenas e não possui um custo elevado de construção

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, defendeu nesta terça-feira a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). “O governo tem a convicção de que Belo… Monte possui viabilidade técnica, econômica e social”, disse a ministra no balanço da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2).

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Miriam afirmou que o projeto não prevê a inundação de terras indígenas e não possui custo elevado de construção. Segunda a ministra, o Brasil precisa fazer uso do seu potencial hidrológico para a produção de energia elétrica. Ela usou um argumento recorrente do governo de que mais de 70% da matriz energética é considerada limpa. A média dos demais países, segundo a ministra, é de 18% de matriz limpa, com situação de esgotamento da potencial hídrico. A defesa do projeto também foi feita pelo secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmerman.

A ministra e o secretário também rebateram críticas à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, veiculadas por meio de redes sociais. Vários artistas brasileiros gravaram mensagens argumentando que a obra, além de cara, será prejudicial aos índios da região.

De acordo com a ministra, o governo federal está “absolutamente atento” à discussão. “É fundamental continuarmos com a matriz energética limpa”, reiterou. “Nenhuma terra indígena será alagada; nenhum índio será retirado [de suas terras] e a usina [de Belo Monte] não é cara”, disse a ministra.

Recentemente, um vídeo intitulado Movimento Gota d’Água, contando com a participação de diversos atores, foi veiculado na internet, pedindo que as pessoas assinem uma petição contrária à obra.

“É muito importante as pessoas aumentarem a discussão e procurarem informar-se sobre o que é efetivamente [a Usina de Belo Monte]”, disse Zimmermann. O problema, segundo ele, é que “assuntos preparados de forma leviana, muitas vezes levados como verdade, não coincidem com que os técnicos dizem”. “O processo de licenciamento da usina é, provavelmente, o mais completo já feito no país”, acrescentou.

* Com Agência Brasil