A onda de violência provocou o deslocamento de milhares de cristãos

Fonte: Portas Abertas

Nos últimos meses, os ataques de grupos extremistas ligados ao Estado Islâmico tonaram-se frequentes nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, em Moçambique. Em 10 de maio, o alvo foi Macomia, uma cidade rica em gás natural e que fica a 150 quilômetros de Macimboa da Praia, local onde o primeiro ataque de jihadistas aconteceu em 2017.

Durante um discurso televisionado, o presidente Filipe Nyusi garantiu que as forças armadas do país estavam combatendo os jihadistas em Macomia. O líder do país afirmou que os extremistas fugiram depois de 45 minutos de combate, mas depois retornaram.  

Ataques constantes

De acordo com parceiros locais da Portas Abertas, a aldeia de Nussua também foi invadida e incendiada pelos radicais islâmicos, em abril. O grupo retirou uma cruz de uma igreja e ateou fogo nela e na casa de cristãos. Em 5 de maio, as aldeias de Mopanha e Nanua foram esvaziadas durante a invasão dos radicais, mas ainda não há informações sobre o nível da destruição e o número de pessoas feridas ou mortas.

No dia seguinte, os jihadistas incendiaram 183 casas no vilarejo de Siriba, na província de Cabo Delgado. Os cristãos locais fugiram e se esconderam na floresta mais próxima quando souberam que o ataque aconteceria.

Impacto na igreja

Durante o auge dos ataques, entre 2021 e 2022, mais de 500 mil pessoas precisaram fugir para o Norte de Moçambique. Segundo a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados), 582 mil moçambicanos continuam deslocados desde o início de 2024.

Jo Newhouse (pseudônimo), representante da Portas Abertas na África Subsaariana explica que o impacto do deslocamento para os cristãos é tanto físico como emocional. Além disso, as igrejas locais estão sobrecarregadas com cristãos traumatizados pela violência.

“Muitos testemunharam ataques horríveis dos jihadistas, eles perderam entes queridos, meios de subsistência e toda a sensação de segurança. Alguns tentaram regressar as suas casas ou recomeçar as suas vidas em um local que esperavam ser mais seguro. Estes novos ataques traumatizam novamente muitas pessoas e empobrecem ainda mais as comunidades já em dificuldades. O resultado poderá ser que áreas no Norte de Moçambique fiquem sem qualquer presença cristã”, explica a porta-voz.

Ore por Moçambique no DIP 2024

Ainda dá tempo de participar do Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2024, que acontecerá no dia 26 de maio. Inscreva sua igreja no DIP 2024 e mobilize seus irmãos na fé a clamarem pelo fim da violência na África Subsaariana.

Pedidos de oração

  • Clame pela intervenção do Senhor e interrupção da onda de violência em Moçambique.
  • Interceda por cura física, emocional e espiritual de todos os cristãos sobreviventes dos ataques dos jihadistas.
  • Ore para que os extremistas islâmicos tenham um encontro com Cristo, se arrependam dos seus pecados e se entreguem às autoridades.