Os radicais fazem parte de um grupo associado à Al-Qaeda
Fonte: Portas Abertas
Na última terça-feira (17), o grupo Jama’at Nusrat al-Islam wal Muslimin (JNIM), associado à Al-Qaeda, atacou a escola Faladie durante um treinamento militar e outras áreas da capital do Mali, Bamako. De acordo com as forças nacionais, a situação foi controlada e operações pontuais estão em andamento para restabelecer a ordem definitivamente.
Contatos locais da Portas Abertas em Bamako contaram que os sons de tiros começaram às 7h30 no dia do ataque e se espalharam por toda a cidade. Além do ataque à escola, eles fizeram tiroteios em outras partes da capital antes do pôr do sol. Os extremistas assumiram a responsabilidade pelo ataque no mesmo dia.
Deslocados internos mais vulneráveis
“A estrava que levava ao aeroporto foi bloqueada durante o ataque, mas o próprio aeroporto não foi fechado, pois os radicais se esconderam nas plantações de milho perto dali”, disse um contato local. Segundo a agência BBC, os radicais afirmaram ter causado inúmeras perdas humanas e materiais.
O JMIN está ativo no Norte do Mali desde 2012. Conforme avança, muitos foram mortos e milhões de vítimas se tornaram deslocadas internas. Um dos campos que abrigava esses deslocados ficava na capital, ao lado da escola Faladie, onde 300 famílias, ou seja, mais de 3 mil pessoas que fugiam da violência dos extremistas em outras partes do país, viviam.
O ataque recente preocupa o país, visto que o grupo está saindo do Norte e avançando para outras áreas do Mali. No mês passado, líderes cristãos também foram vítimas da intimidação dos jihadistas, como obrigar todos os pastores e cristãos a se converterem ao islã ou saírem do vilarejo.
Quando as forças nacionais chegaram e começaram a operação para proteger os cidadãos em Bamako, os ataques cessaram e até agora não há notícias sobre novos ataques. Contamos com suas orações pela Igreja Perseguida no Mali em meio a essa crise.