Entenda como funciona o Ramadã, o mês do jejum islâmico, e embarque em uma jornada de oração por cristãos e muçulmanos

Fonte: Portas Abertas

Neste dia 12 de abril de 2021, após o pôr-do-sol, tem início mais um Ramadã, o mês do jejum islâmico. São 30 dias de jejum, indo até 11 de maio. Você tem perguntas sobre o Ramadã? Talvez você tenha dúvidas sobre o que o Ramadã tem a ver com os cristãos e por que a Portas Abertas aborda o assunto. Aqui você encontrará as explicações necessárias sobre o Ramadã e suas implicações para a Igreja Perseguida. Veja abaixo o mapa de oração com pedidos em todos os dias durante o Ramadã (para ver a lista com os dias de oração clique no ícone ao lado de “Ramadã – 30 dias de oração”).

Veja abaixo o link do mapa de oração com pedidos em todos os dias durante o Ramadã (para ver a lista com os dias de oração clique no ícone ao lado de “Ramadã – 30 dias de oração”).

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Leia a seguir uma série de perguntas e respostas sobre o tema.

Por que o Ramadã importa para os cristãos?

Porque muitos cristãos perseguidos vivem no contexto de países islâmicos, onde os muçulmanos são a maioria. Nesses locais é comum que eles enfrentem a opressão islâmica como o principal tipo de perseguição. Prova disso é que dos 50 países da Lista Mundial da Perseguição 2021, 34 têm a opressão islâmica como tipo de perseguição. Assim, o Ramadã afeta diretamente a Igreja Perseguida nos países de maioria muçulmana.

No Ramadã, os muçulmanos se sentem mais unidos do que nunca em uma comunidade global. Esse sentimento dá espaço a um exclusivismo religioso, em que todos os que não praticam essa fé são vistos como infiéis e, em casos mais extremos, dignos de algum tipo de punição. Assim, é inaceitável para a maioria muçulmana de um país islâmico que não muçulmanos possam comer enquanto eles jejuam.

Por que o Ramadã é importante para a fé islâmica?

O Ramadã é o nono mês do calendário islâmico e celebra a primeira revelação que Maomé recebeu do Alcorão. O propósito do jejum realizado durante todo esse mês é tirar os muçulmanos de seu cotidiano e fazê-los reexaminar sua vida sob o contexto de um ideal maior. Por exemplo, quando você experimenta fome, torna-se mais consciente do sofrimento dos pobres; e, ao passar por um sofrimento real, mas limitado, pode se preparar para provas mais duras. O jejum do Ramadã é um dos cinco pilares do islamismo e é obrigatório para todos os seus seguidores. Mesmo muçulmanos nominais, não tão conservadores, observam o Ramadã. O sentimento de comunidade é muito forte durante o período.

O que os muçulmanos devem fazer durante o Ramadã?

Todos os muçulmanos devem se abster de comer, fumar, beber (até mesmo água) e ter relações sexuais, entre outras restrições, durante o dia, isto é, do nascer até o pôr-do-sol. Excluem-se da obrigação crianças menores de 12 anos, mulheres grávidas ou que amamentam, pessoas debilitadas, idosas e enfermas.

Qual é a base das datas do Ramadã? Por que elas mudam a cada ano?

As datas do Ramadã são estabelecidas segundo o calendário lunar, que tem 354 dias. Os meses estão divididos em meses lunares e cada um tem 29 ou 30 dias. Cada dia começa com o pôr do sol (não à meia-noite). O período de jejum normalmente começa e termina com a visualização da lua nova no nono mês, que ocorre em época diferente a cada ano e em dias diferentes dependendo do lugar do planeta em que se está. Por exemplo, na Indonésia pode começar em um dia e no Marrocos no dia seguinte, pois o Ramadã só começa quando se avista a lua nova no céu.

O que é essencial saber sobre o islã?

A palavra “islã” significa “submissão”.

  • O islã é uma religião monoteísta que surgiu no século 7, sob a liderança de Maomé.
  • Maomé é considerado o “homem ideal”, mas não divino. É apontado como o último profeta, aquele que trouxe a revelação final de Alá.
  • Seguidores do islã são chamados islâmicos ou muçulmanos, que significa “aqueles que se submeteram”.
  • O estudo e a prática do islã envolvem “As cinco doutrinas do islã” (crenças) e “Os cinco pilares do islã” (obrigações). Há correntes no islamismo, entretanto, que não concordam em todos esses aspectos.
  • A palavra árabe para Deus é Alá.
  • Para os muçulmanos, Jesus é um dos grandes mensageiros enviados por Alá e não possui nenhuma divindade.

Quais são as principais correntes do islã?

  • Sunitas: a maioria dos muçulmanos pertence a esse grupo. São seguidores de Abu Bakr como sucessor de Maomé. Eles acreditam que não há homem santo que precise vir entre uma pessoa e Alá.
  • Xiitas: são seguidores de Ali, primo e genro do profeta Maomé. Para eles, há um imã – homem santo, que precisa agir como intermediário entre os muçulmanos e Alá.
  • Sufistas: um grupo pequeno de muçulmanos que procura encontrar a verdade do amor e conhecimento divino através de experiências pessoais e diretas com Alá. 

Quais são os cinco pilares do islamismo?

Os pilares são as cinco práticas a que um muçulmano devoto precisa se dedicar durante a vida.

  1. Shahada: converter-se pela citação do credo: “Não existe outro deus senão Alá, e Maomé é o seu profeta”. 
  2. Salatorações diárias cinco vezes ao dia, em horários específicos.
  3. Zakat: dar aos pobres uma parte da renda. 
  4. Saum: jejuar, especialmente durante o mês sagrado do Ramadã. Há outros jejuns, mas só o Ramadã é obrigatório.
  5. Hajj: fazer a peregrinação à Meca, na Arábia Saudita, pelo menos uma vez na vida.

Neste período de Ramadã, enquanto os muçulmanos oram e jejuam a Alá, nós oramos por eles!

Pedidos de oração

  • Clame pelos muçulmanos, para que Deus continue se revelando a eles através de visões, sonhos, milagres e testemunhos dos cristãos.
  • Ore também para que conheçam cristãos que apresentem Cristo para eles como o único caminho para a vida eterna.
  • Para os cristãos que vivem em países muçulmanos, é grande a probabilidade de que a pressão e a perseguição aumentem durante o Ramadã. Ore por força, sabedoria e proteção para nossos irmãos que confessam Jesus como Senhor durante o Ramadã.

Apoie cristãos ex-muçulmanos

Além de orar, você pode contribuir para fortalecer os cristãos que vivem em contexto islâmico, como nossos irmãos da Indonésia. Contribua com o discipulado de cristãos ex-muçulmanos no país com a maior população islâmica do mundo.