As autoridades tomaram os prédios para criarem uma escola infantil, mas não cumpriram os planos
Fonte: portasabertas
A Portas Abertas acompanhou a história do pastor Bahrom Kholmatov no Tajiquistão. Ele foi preso sob a falsa acusação de extremismo religioso, em 10 de abril de 2017. Além de não ter autorização para receber visitas, o líder cristão ficava em cela separada para que não compartilhasse o evangelho com nenhum preso. Irmãs e irmãos de todo mundo intercederam por Kholmatov e enviaram cartões para o encorajamento dele e da família. No dia 18 de dezembro de 2019, o pastor foi libertado da prisão e pôde passar o Natal com a esposa e filhos. Porém, a situação da Igreja Sou Min Sum Bogim, que ele liderava antes da prisão, ainda continua a mesma.
De acordo com o site Forum 18, a comunidade cristã permanece lutando com questões legais para conseguir usar novamente o prédio, mesmo após a libertação do pastor. Durante a prisão do líder, em 2017, os dois edifícios em Konibodom e Khujand foram fechados e desde então ficaram vazios. A justificativa era que os locais serviriam como escolas infantis, mas isso até agora não aconteceu. O chefe do Departamento de Educação de Khujand confirmou a necessidade de usar o prédio para a educação de crianças, mas quando foi questionado por um repórter por que o plano ainda não foi estabelecido, ele apenas respondeu: “Estou muito ocupado e só posso falar com você se vier ao nosso escritório”. Porém, de acordo com o assistente e a assessoria de imprensa, a autoridade se recusou a conversar com o repórter.
Os líderes da igreja entraram na justiça para receber uma compensação financeira que cobrisse os gastos que tiveram na restauração do prédio, desde 1995. Os juízes e funcionários do tribunal se recusaram a discutir as decisões e a legalidade da compensação. Porém, mesmo com tanta oposição, os cristãos continuam a se reunir em Khujad. Eles utilizam um espaço feito a partir de dois contêineres colocados no terreno ao lado do prédio. “Os membros da igreja estão orando por um novo edifício, pois sentem que se encontram em uma gaiola, em vez de um prédio normal”, explica um cristão local. Boa parte do dinheiro da igreja é gasta com o pagamento de eletricidade, para manter a temperatura suportável no verão e inverno.
A perseguição afetou a frequência dos cristãos nas atividades da igreja. Estima-se que de 500 pessoas que compareciam aos cultos em Khujand, apenas 100 voltaram depois da prisão do pastor Bahrom e do confisco dos prédios. “As pessoas têm medo de ir à igreja por causa do que aconteceu”, conclui. Em 2017, os policiais secretos do Comitê de Segurança Nacional deixaram claro o objetivo deles em relação aos cristãos no país: “Vamos fechar as igrejas no Tajiquistão e tirar as propriedades delas”.
Pedidos de oração
- Interceda pelos líderes da Igreja Sou Min Sum Bogim, para que tenham sabedoria, alegria e esperança e continuem a abençoar a vida das pessoas com a mensagem de Cristo, que liberta.
- Ore pelos cristãos no Tajiquistão, que eles tenham coragem de andar com Jesus e sejam testemunhas vivas do agir de Deus no país.
- Clame pelo pastor Bahrom Kholmatov e pela família dele, para que sejam curados de todos os momentos ruins que passaram por causa do evangelho, e tenham a certeza do amor de Deus por eles.