Apesar de viverem no mesmo país, compartilhando as mesmas tradições, judeus extremamente religiosos e seculares habitam mundos sociais separados, segundo constatou o estudo.
Uma nova pesquisa do Pew Research Center divulgada nesta terça-feira (8) ilustrou o cenário da sociedade religiosamente dividida de Israel.
Quase todos os judeus israelenses se identificam entre uma das quatro categorias: haredi (ultraortodoxos), dati (religiosos), Masorti (tradicionais) ou hiloni (secular).
Apesar de viverem no mesmo país, compartilhando as mesmas tradições, judeus extremamente religiosos e seculares habitam mundos sociais separados, segundo constatou o estudo. Em Israel, judeus seculares são mais desconfortáveis com a ideia de ver seus filhos se casarem com um judeu ultraortodoxo do que com um cristão, de acordo com a pesquisa.
A grande maioria dos judeus seculares (89%) dizem que os princípios democráticos devem prevalecer sobre lei religiosa. Por outro lado, 89% dos judeus ultraortodoxos dizem que a lei religiosa deve ter prioridade.
Os grupos discordam também sobre o significado da identidade judaica: A maioria dos ultraortodoxos dizem que “ser judeu” é uma questão de religião, enquanto os judeus seculares afirmam que é uma questão de ascendência ou cultura.
Enquanto a maioria dos israelenses são judeus, uma parte crescente (atualmente cerca de um em cada cinco adultos) pertence a outros grupos religiosos.
A maioria dos residentes não judeus de Israel são árabes, e se identificam religiosamente como muçulmanos, cristãos ou drusos.
A pesquisa mostra que muitos muçulmanos e cristãos desejam que sua lei religiosa seja aplicada em suas comunidades. 58% dos muçulmanos querem estabelecer a lei islâmica como oficial para os muçulmanos em Israel, e 55% dos cristãos querem tornar a Bíblia como lei oficial para os cristãos.
Cerca de 79% dos árabes israelenses dizem que há muita discriminação na sociedade israelense contra os muçulmanos. Sobre esta questão, os judeus têm opinião contrária: 74% dizem que não presenciam discriminação contra os muçulmanos em Israel.
As divisões entre judeus e árabes também se refletem em seus pontos de vista sobre o processo de paz. Nos últimos anos, os árabes em Israel têm desconfiado cada vez mais que uma forma de estabelecer paz entre Israel e o Estado palestino possa ser encontrada.
Em 2013, cerca de 74% dos árabes israelenses disseram que seria possível uma solução pacífica entre os dois Estados. No início de 2015, esse número caiu para 50%.
Estas são algumas das principais conclusões da intensa pesquisa desenvolvida pelo Pew Research Center em Israel. As entrevistas foram realizadas face a face em hebraico, árabe e russo com 5.601 adultos israelenses desde outubro 2014 até maio de 2015. FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE GOSPEL HERALD