Segundo informações obtidas, Comissão eleitoral informou que não irá cumprir nova decisão.

Um novo capítulo na guerra jurídica das Assembleias de Deus teve lugar na manhã deste domingo (9). A juíza Angélica dos Santos Costa, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, emitiu uma nova liminar, determinando a suspensão das eleições da mesa diretora e do conselho fiscal da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB).

Ela determina que deve “ser designada nova data com a observação de todas as ordens judiciais proferidas.”

O portal Gospel Prime recebeu a informação de uma fonte que prefere não se identificar, mas está a par do processo, que a decisão judicial será ignorada e as eleições mantidas, na intenção de judicializar ainda mais o processo.

A testemunha, que está ligada ao processo eleitoral, relata também que nenhuma das ordens judiciais foram cumpridas, nem pela CGADB, nem pela Sctyl (empresa contratada para realizar as eleições) nem pela comissão eleitoral da CGADB.  Na noite de sábado (8), a comissão eleitoral se reuniu na Hotel Cullinan Hplus Premium, em Brasília. Contudo, o interventor nomeado pela justiça, dr. Márcio José de Oliveira Costa não foi convidado a participar.

Quando ele tentou entrar para participar da reunião, foi impedido pelos seguranças da CGADB, o que fez com o que o interventor chamasse a Polícia. Em seguida, se dirigiu à 5ª Delegacia de Polícia Civil, onde registrou um Boletim de Ocorrência.

Entenda o caso

O pastor José Wellington Júnior, filho do atual presidente, havia sido retirado da corrida ao cargo em 8 de fevereiro pelo juiz Levine Raja Gabaglia Artiaga, que cassou por meio de liminar sua candidatura e também afastou o presidente e vice-presidente da comissão eleitoral Antonio Carlos Lorenzetti de Melo e Wilson Pinheiro Brandão.

Porém, na sexta- feira (7) conseguiu voltar a disputa após nova liminar, emitida por tribunal do Rio de Janeiro.

O Superior Tribunal de Justiça decidir juntar no fórum de Madureira, no Rio de Janeiro, os 14 processos em andamento. Nesta sexta, o Juiz Thomas Souza decidiu manter todas as intervenções e punições em caso de desobediência ou obstrução da justiça, e o cancelamentos das inscrições irregulares. Também devolveu a José Wellington da Costa Jr. o direito de concorrer no pleito de domingo.

Existem denúncias de diversas irregularidades, entre elas o fato de José Wellington – filho do atual presidente José Wellington Bezerra da Costa – não ter se desincompatibilizado do cargo de presidente da CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus), o que viola o edital que regulamenta o processo eleitoral.

Além da disputa pela legitimidade da candidatura de Wellington Jr., foram comprovadas irregularidades na empresa Scytl Soluções em informática, que comandaria o processo. Por ordem judicial, 10.479 inscrições para votação foram canceladas, pois dentre elas existiam “pastores” cadastrados que não existem ou já estão mortos.

Nos últimos 25 anos o pastor José Wellington Bezerra da Costa liderou a denominação, mas não quer mais concorrer, preferindo indicar seu filho. Com a candidatura cassada de seu possível sucessor, a disputa seria entre o pastor Samuel Câmara, de Belém do Pará e Cícero Aparecido Tarjim, de Alto Piriqui, no Paraná.

 

Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br