Ataques terroristas contra duas igrejas deixaram pelo menos 44 mortos e mais de 120 feridos, no Egito.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, declarou na noite deste domingo (9) estado de emergência por três meses no país após os ataques terroristas contra duas igrejas cristãs que deixaram pelo menos 44 mortos e mais de 120 feridos.

No entanto, Al-Sisi ainda deve submeter essa medida ao Parlamento do Egito, que tem uma semana para se pronunciar, segundo a Constituição.

Em discurso transmitido ao vivo pela emissora de TV estatal, o chefe de Estado enviou uma mensagem à comunidade internacional, destacando que “tem que castigar os países que apoiaram o terrorismo e criaram a ideologia (radical) e trouxeram combatentes (ao Egito) de todo o mundo”.

O primeiro alvo foi no último domingo (9) foi um templo localizado em Tanta, a quinta maior cidade do Egito. O explosivo foi colocado debaixo de um banco, deixando deixou 27 mortos e 78 feridos.

O atentado foi seguido de um outro ataque numa igreja em Alexandria, a segunda mais populosa cidade egípcia. Um pouco antes do incidente, o papa copta Teodoro II esteve no lugar para a celebração do Domingo de Ramos. Ao menos 17 pessoas morreram e 48 ficaram feridas.

Horas depois do massacre, o grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do atentado por meio de sua agência de notícia, a Amaq.


Igreja copta que foi alvo de ataque em Tanta, no Egito. (Foto: Mohamed Abd El Ghany/Retuers)

Mesmo em meio a dor pelas perdas, um líder cristão que atua no Cairo disse que os cristãos têm encarado seus sofrimentos a partir de outra perspectiva. “Eles não têm respondido com raiva ou pegando suas armas. Na verdade, desde a liderança da igreja copta até os mais leigos, todos estão dando a outra face”, disse Dick Brogden à CBN News.

“Eles têm demonstrado o Espírito de Cristo. Eles disseram que estão dispostos a sofrer por causa de Jesus”, acrescentou Brogden. “Mesmo que tenha sido difícil, nós admiramos nossos irmãos e irmãs pela dignidade, paciência e graça que eles têm demonstrado durante os tempos de sofrimento”.

A Igreja Copta é cristã ortodoxa, mas por não aceitar o aceitar o Concílio de Calcedônia (451 d.C), não está em comunhão com a Igreja Católica Ortodoxa, nem com a Igreja Católica Apostólica Romana.

Considerada a igreja cristã nacional do Egito, é uma das igrejas da Ortodoxia Oriental mais antigas do mundo. Os coptas egípcios compõem cerca de 10% da população de 92 milhões de habitantes do país, que é composto por maioria muçulmana.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DE CBN NEWS