Apesar da data comemorativa, cristãos tunisianos não têm motivos para celebrar

Fonte: Portas Abertas

Há 64 anos a Tunísia celebra a sua independência da França na data de ontem, 20 de março. Apesar de ter caído algumas posições na Lista Mundial da Perseguição 2022 em relação ao ano anterior, os cristãos tunisianos são obrigados a adorar Jesus de forma secreta.  

Em 2021 o país ocupou o 26º lugar entre as nações onde é mais difícil ser cristão, em 2022 ocupa a 35ª posição. Para muitos cristãos na Tunísia, a pressão é generalizada e constante. Apesar dos cristãos estrangeiros terem mais liberdade para viver a fé, os seguidores de Jesus no país lidam com a opressão islâmica e a opressão do clã.  

Na Tunísia, a população cristã enfrenta a perseguição vinda de líderes religiosos não cristãos, amigos, familiares, oficiais do governo, grupos religiosos violentos e cidadãos e quadrilhas.  

Os cristãos ex-muçulmanos são mais vulneráveis 

Devido à pressão, abuso e ameaças da família e da sociedade, os cristãos ex-muçulmanos correm maior risco, principalmente no Sul da Tunísia, que tende a ser mais conservador e tem a presença de extremistas islâmicos. 

Cristãos ex-muçulmanos enfrentam intimidação, agressão e ameaças de morte. Eles são considerados uma vergonha para a família e devem ser excluídos do convívio social. Além disso, as esposas muçulmanas se divorciam deles e eles perdem o direito a herança ou acesso aos bens.  

Já as mulheres e meninas cristãs são vulneráveis ao assédio sexual e à violência doméstica. Como o país proíbe a conversão religiosa, ex-muçulmanas correm mais riscos no contexto familiar tradicional. Mulheres cristãs podem ser agredidas fisicamente, expulsas de casa, colocadas em prisão domiciliar, ameaçadas de morte e violentadas.

Com a missão de apoiar nossos irmãos na fé, a Portas Abertas, através da sua doação, fornece treinamento de discipulado, distribuição de Bíblias e literatura cristã e projetos de desenvolvimento socioeconômico. Junte-se a nós para fortalecer cristãos na Tunísia.