Discurso de presidente também mandou recado para Trump
O Irã mostrou seus mais recentes mísseis antiaéreos na parada anual do Dia do Exército. O desfile foi realizado na capital Teerã esta semana, com a participação de tropas de todos os ramos das forças armadas.
Um observador atento percebe que alguns dos caminhões que carregavam os armamentos eram decorados com bandeiras contendo slogans anti-israelenses. Em várias delas era possível ler a mensagem ‘Morte a Israel’ em persa, ilustrada por um punho que perfurava a estrela de Davi, imagem no centro de sua bandeira.
O presidente Hassan Rouhani afirmou durante seu discurso que os iranianos “devem sempre manter-se em estado de alerta contra as conspirações de outros. Devemos aumentar o nosso poder de fogo dia após dia”.
Insistiu ainda que as forças iranianas defendem toda a região “importante e sensível” do Oriente Médio, e prometeu uma resposta “vigorosa e determinada” aos potenciais agressores.
Sem citar nomes, também acusou “alguns dos exércitos do mundo” de liderar “a intervenção nos assuntos internos de outros países, o genocídio, o patrocínio do terrorismo, os golpes de Estado e a falta de respeito pela opinião e o direito do povo”.
Quem acompanha a geopolítica da região sabe que ele se referia à situação na Síria, onde há milhares de soldados iranianos combatendo ao lado do presidente Assad e contra as forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos.
Em março de 2016, o Irã mostrou ao mundo mísseis balísticos onde havia uma ameaça escrita em hebraico: “Israel deve ser varrido da Terra”. Segundo foi divulgado, os mísseis Qadr H são capazes de atingir alvos a cerca de 1.400 quilômetros, mais que o suficiente para chegar até Jerusalém ou Tel Aviv.
No último grande desfila militar no Irã, em fevereiro, mais uma vez foram feitas ameaças a Israel e aos EUA.
100 mil mísseis
As ameaças do Irã contra Israel têm uma longa trajetória histórica. O antigo Império Persa, reinou sobre a nação judaica por mais de 200 anos.
Na história recente, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, denunciou várias vezes a ameaça nuclear representada pelo Irã, que comprovadamente patrocina grupos terroristas como o Hezbollah.
No ano passado, o vice comandante da Guarda Revolucionária, general Hossein Salami, fez uma conta assustadora: “Graças a Alá, nossa capacidade de destruir o regime sionista é maior do que nunca. Só no Líbano, há 100.000 mísseis prontos para serem disparados”. Listou ainda que existem dezenas de milhares de mísseis de longo alcance que poderiam ser lançados de territórios islâmicos contra o “território ocupado” de Israel. Com informações Daily Mail
Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br