O Irã vem realizando exercícios militares com mísseis, como forma de desafiar o governo dos Estados Unidos e responder às novas sanções impostas pelo governo Trump.

O secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, disse que o Irã é o “maior patrocinador estadual do terrorismo”, em meio a tensões crescentes entre as duas nações.

Os comentários dele surgiram um dia depois que o Governo Trump impôs novas sanções contra o Irã em resposta a um teste de mísseis balísticos.

Apesar da acusação, Mattis disse que não viu necessidade de aumentar o número de tropas dos EUA no Oriente Médio para lidar com o Irã.

O Irã vem realizando exercícios militares em uma demonstração de desafio ao novo governo norte-americano.

Os ‘Guardas Revolucionários’ – criados para defender o governo islâmico do Irã – disseram que os exercícios “mostrarão o poder da revolução iraniana e acabarão com as sanções” que foram impostas novamente.

Os sistemas de mísseis iranianos, os radares, os centros de comando e controle e os sistemas de guerra cibernética foram testados durante os exercícios deste sábado (4), segundo a mídia estatal do país.

Um comandante sênior disse que as forças armadas do Irã estavam prontas para “lançar mísseis” sobre seus inimigos, se o país fosse atacado.

“Estamos trabalhando dia e noite pela segurança da nação iraniana”, disse Amir Ali Hajizadeh, comandante da Força Aérea dos ‘Guardas Revolucionários’.
“Brincando com fogo”
Autoridades dos EUA disseram que as sanções impostas a 13 pessoas e 12 empresas foram uma resposta ao teste de mísseis do domingo passado (29) e ao que eles chamaram de “apoio contínuo ao terrorismo”.

Estas foram as primeiras sanções contra o Irã desde que Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos. O governo norte-americano decidiu adotar uma posição mais dura sobre o Irã, se comparada à administração Obama, que chegou a assinar um acordo que suspendia sanções antigas, impostas anteriormente sobre a nação islâmica.

Mattis se pronunciou com rigidez para descrever o Irã, enquanto visitava o Japão.

“No que diz respeito ao Irã, este é o maior patrocinador estadual do terrorismo no mundo”, disse ele a repórteres. “Nós temos visto a sua má conduta e isso tem que ser resolvido em algum momento”, acrescentou.

Mas ele continuou dizendo que, apesar das recentes tensões, não viu necessidade de aumentar o número de soldados no Oriente Médio.
“Nós sempre temos a capacidade de fazê-lo, mas neste momento eu não acho que é necessário”, disse ele.
Perseguição religiosa
O Irã esteve recentemente no foco das orações de cristãos em todo o mundo, devido a casos de clara perseguição religiosa, como o dos pastores Saeed Abedini e Youcef Nadarkhani. Ambos passaram anos presos por causa de sua fé cristã, mas já estão em liberdade.

Os casos de agressão física e forte pressão psicólogica sobre os prisioneiros cristãos no Irã são frequentes e têm colocado o país em situação complicada com relação ao seu quadro de preservação de Direitos Humanos.

Apesar da forte perseguição religiosa, repressão do cristianismo e imposição da cultura islâmica, o Irã tem visto o Evangelho alcançar cada vez mais pessoas em seu território.

“Neste momento, você pode ver os resultados do Espírito Santo. Em 1994, haviam cerca de 100 mil fiéis. Neste momento, existem mais de 3 milhões. Você pode ver o que o Espírito Santo está fazendo com as pessoas”, disse Raizal, uma cristã iraniana.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA BBC