“Se” e “quando” a Terra vai acabar são duas perguntas que há muitos anos a ciência, as religiões e os que adoram uma teoria da conspiração tentam responder. A verdade é que talvez nosso planeta não acabe, mas a maioria dos cientistas acredita que a vida que há nele, inevitavelmente, vai ter um fim. Só não sabemos como e quando isso acontecerá.

Pode parecer uma previsão bastante pessimista, mas a extinção de vida na Terra já aconteceu outras vezes ao longo dos mais de 5 bilhões de anos de sua existência. Há 65 milhões de anos, por exemplo, os dinossauros foram extintos após um meteoro atingir nosso planeta. Logo, as chances dessas extinções em massa acontecer novamente (e várias vezes) são grandes.

A quantidade de teorias sobre como isso vai acontecer é enorme, por isso, listamos apenas algumas que são as mais prováveis:

Fim do Sol, fim da Terra

Caso não haja nenhuma interferência da natureza (como tsunamis, enormes vulcões em erupção ou meteoros atingindo a Terra) ou do homem, a extinção do Sol é a causa mais provável para fim do nosso planeta.

Isso acontecerá porque a nossa grande estrela passará por um estágio natural de evolução, comum a todas as estrelas. Primeiro ele vai aumentar de tamanho e ficar ainda mais quente. Depois, ele se tornará mais frio, mais vermelho, e engolirá Mercúrio, Vênus, Terra e, deve chegar nas proximidades de Marte.

Em seguida, seu material inflado será abandonado para o espaço e restará um núcleo denso, que não mais produz a luz e calor de uma estrela. “A Terra não será destruída, mas será uma pedra sem qualquer vida orbitando o núcleo deixado por uma estrela que cumpriu toda sua evolução”, explica Leandro Guedes, astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro.

A previsão é que esse processo comece daqui a cerca de 4,5 bilhões de anos. Mas antes mesmo desse estágio, as modificações estruturais do processo de evolução do Sol tornarão a vida na Terra impossível. Com o Sol cada vez maior e mais brilhante, o calor poderá derreter todo o gelo do planeta e também secar de vez as águas dos oceanos. É mais difícil fornecer um tempo para isso, mas as previsões mais pessimistas falam em torno de 500 mil anos.

Meteoro certeiro

Um outro apocalipse que povoa o imaginário popular é com o impacto de asteroides. Segundo Guedes, “nenhum asteroide poderia de fato destruir a Terra, mas, novamente, poderia causar uma extinção em massa, como aconteceu com os dinossauros”.

Hoje, os astrônomos estimam que cerca de 1,1 mil asteróides com mais de 1 km de diâmetro costumam passar próximos da Terra com certa frequência. Todos podem ser potenciais causadores de uma catástrofe, como a que aconteceu com os dinossauros.

A boa notícia é que agora temos algo que os dinossauros não tinham. “Hoje conseguimos monitorar diversos objetos grandes que podem representar algum perigo. São os chamados Objetos Próximos da Terra (ou NEOs, do inglês Near Earth Objetcs). Se um dia, algum desses objetos for observado em rota de colisão, essa observação será feita décadas antes da colisão em si, e temos tecnologia para desviar esse objeto de sua trajetória”, explica Guedes.

Desastres naturais

Outras teorias sobre o fim da vida na Terra mostram que tanto o nosso próprio planeta quanto quem vive nele, no caso, os humanos, podem ser os verdadeiros responsáveis pelo fim da vida na Terra.

O aquecimento global, palavra que está na moda, pode ser um deles. A atmosfera funciona como um escudo que mantém o planeta aquecido e protege a Terra dos raios do sol. Com a destruição das florestas, a temperatura está aumentando além do previsto. O resultado é o que já conhecemos: derretimento das geleiras, aumento rápido da temperatura e prováveis inundações.

Por outro lado, corremos o risco de morrer de frio. Uma outra teoria mostra que a Terra já teve períodos gelados, ou as glaciações. Segundo os estudos, esses períodos duram cerca de 100 mil anos e entre eles existem os chamados períodos “interglaciais”, que são mais quentes. Portanto, estaríamos nesse período e prontos para enfrentar o próximo passo do ciclo.

Isso sem citar possíveis tsunamis, super-vulcões adormecidos que podem entrar em erupção, super-vírus devastando populações inteiras e, até mesmo, guerras nucleares provocadas por nós mesmos.

“Quando pensamos no fim da Terra ou da vida, é  importante pensar no seguinte: nossa sociedade evoluiu muito até hoje, e continuamos evoluindo. Mesmo com a previsão pessimista de “apenas” 500 mil anos, talvez os habitantes da Terra nessa época tenham à sua disposição tecnologias que nem conseguimos imaginar hoje”, diz Guedes.

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