O casal passou 17 anos atuando no país sul-americano, além de plantar igrejas em outros lugares como Barcelona, Puerto La Cruz, Costa Rica e Estados Unidos.
Há 40 anos um casal de missionários era enviado para a Venezuela com o objetivo de plantar igrejas. Eles passaram 17 anos atuando no país através da Junta de Missões Mundiais. José Calixto e Suely Patrício foram importantes na propagação do Evangelho na região sul-americana, deixando líderes prontos para seguir compartilhando a verdadeira esperança, que é Cristo.
Atualmente, eles comemoram seus 40 anos de ministério e continuam a influenciar vidas como exemplos de servos fiéis à missão de Deus. Foi em 1977 que eles resolveram atender ao chamado de Deus, com apenas 26 (ele) e 24 anos (ela), ficando na Venezuela até setembro de 1994. Danielle e Samuel, seus dois filhos, nasceram lá.
“Senhor, usa-nos neste país para ganharmos milhares de venezuelanos e para abençoar não somente a obra batista, mas todas as denominações da Venezuela”. Foi essa oração que o casal fez ao iniciar os trabalhos. Naquele mesmo ano de 1977, Calixto e Suely começaram uma pequena missão batista em uma garagem.
Quando o missionário estava para realizar os primeiros batismos, uma senhora que à época tinha cerca de 40 anos, María de Mejías, manifestou o desejo de ser batizada. “Eu perguntei se ela não gostaria de esperar o próximo batismo, pois tinha apenas um mês que congregava conosco. Ela respondeu: ‘Pastor, o senhor pode me batizar com toda a confiança. Vou ser uma crente fiel e exemplar’”, relembrou.
Retorno
Um dos momentos mais emocionantes do casal aconteceu em 2014, quando eles retornaram à Venezuela para o aniversário de 30 anos da Igreja Evangélica Batista Jesus Cristo é o Caminho, ministério que eles ajudaram a plantar na cidade de Puerto La Cruz. Aproveitando a viagem, o pastor fez questão de visitar a senhora María de Mejías.
“A filha advertiu que, talvez pela idade avançada, ela já não se lembraria de nós. Mas ao chegar à porta da cozinha, onde ela se encontrava em uma cadeira de rodas, eu lhe falei: ‘Irmã María de Mejías, Será que você lembra de mim?’. Ela imediatamente respondeu: ‘Você é o meu pastor querido, por quem tanto oro ao Senhor todos os dias!’. Depois de quase 40 anos, ela ainda se lembrava do seu pastor”, ressaltou ele.
Avivamento na Venezuela
Em 1984, o pastor Calixto aguardava um pastor brasileiro que solicitara a ajuda do missionário para visitar uma igreja na Venezuela. Era bem cedo, ainda estava escuro, mas Calixto ficou impressionado com a chegada de um grupo de jovens bolivianos chegando como missionários mórmons. Ele lembra: “Naquele momento, o Espírito Santo plantou em meu coração uma inquietação: o que aconteceria na obra venezuelana se os batistas tivessem um plano parecido? Depois de orar e pedir direção ao Senhor, escrevi um projeto que foi apresentado para o Departamento de Missões da Convenção Nacional Batista da Venezuela”, contou.
“O projeto, chamado de ‘Missionário Temporário’ consistia no recrutamento e capacitação de jovens venezuelanos que quisessem doar um ou dois anos de sua vida trabalhando na plantação de novas igrejas”, ressaltou. E foi por meio desse projeto que os batistas venezuelanos viram mais de mil jovens servirem ao Senhor em missões como missionários temporários.
“O impacto no crescimento da obra venezuelana foi tremendo. Em 1977, os batistas venezuelanos tinham 60 igrejas no país, e hoje são mais de 680 igrejas e missões espalhadas por todo o território do país vizinho”, pontua.
A missão não pode parar
Após 17 anos atuando na Venezuela, o casal foi plantar igrejas nas cidades de Barcelona e Puerto La Cruz. Mais de três mil pessoas foram alcançadas nesse tempo. “A igreja em Puerto La Cruz se tornou um modelo de igreja missionária que influenciou não somente a Convenção Nacional Batista Venezuelana, mas outras igrejas e denominações, sensibilizando a visão missionária do povo de Deus na Venezuela no tocante ao envio de obreiros até os confins da terra”, destaca.
“São humildes, sábios, amigos em todas as horas e excelentes conselheiros. Convivendo com eles ao longo desses 40 anos como amigos e colegas na mesma missão, podemos afirmar categoricamente que eles ainda têm muito a contribuir com o Reino de Deus. Thereza (esposa) e eu desejamos a eles ricas bênçãos do Pai e que eles continuem sendo esse casal abençoado como tem sido até aqui”, conclui o missionário Lauro que é amigo do casal.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DA JUNTA DE MISSÕES MUNDIAIS