Gennadiy Mokhnenko é um homem de convicções. Pastor evangélico, ele vive na região de Donetsk, na Ucrânia. Em meio à guerra que quase destruiu seu país, ele continua falando sobre o amor de Deus por todos. Não só fala, ele vive esse amor.

Em 1992, ele fundou uma igreja na cidade de Mariupol. Ao observar o grande número de viciados em drogas da região, decidiu fazer algo. Fundou vários centros de reabilitação para adultos e criou em sua igreja o programa República Peregrina, para resgatar pessoas. Muitos desses jovens estavam vulneráveis a abusos sexuais, ao HIV e ao uso de drogas.

Ao mesmo tempo, incomodado com o grande número de crianças que via pelas ruas, percebeu que muitas eram órfãos. Em 1999, tomou uma decisão ousada. Começou a adotar crianças. Algumas ele tirava das ruas e levava para sua própria casa. Hoje, é pai adotivo de mais de 30 crianças e adolescentes.

Também ajudou a fundar o movimento “Rússia sem Órfãos”. Seu objetivo é aumentar a conscientização sobre as necessidades dos órfãos e incentivar as famílias russas a adotarem. Seu trabalho incansável o levou a se juntar ao movimento Fórum Global Por Um Mundo Sem Órfãos. Seu foco é apelar para que vejamos o fim dos orfanatos no mundo.

Segundo suas contas, cerca de 150 milhões de crianças são consideradas órfãos. Pelo menos 7 milhões delas não possuem nenhum parente conhecido. Portanto, se cada família cristã do mundo decidisse adotar uma, em breve não haveria mais orfandade no planeta.

História ganha filme

Essa história de vida incrível transformou Gennadiy Mokhnenko em personagem de um documentário. Dirigido por Steve Hoover, ele já estreou nos Estados Unidos e foi bem recebido pela crítica. Seu título é irônico, “Almost Holy” [Quase santo].

O longa que tem cerca de 90 minutos mostra como no início, o pastor apenas fornecia comida para os meninos de rua. Depois, passou a acolhê-los no prédio de sua igreja que foi convertida em um centro de recuperação.

A parte polêmica do material mostra quando ele foi acusado de sequestrá-las. Cansado da ineficiência dos programas públicos, o pastor tirava meninos e meninas das ruas, as levava para esse centro, e em alguns casos os forçava a se desintoxicar.

Curiosamente, o pastor tem o apelido de “crocodilo Gennadiy”. É por causa de um famoso desenho animado russo, onde um crocodilo chamado Gena encontra um filhote de cachorro sem-teto. Juntos, constroem uma casa para todas as pessoas solitárias da cidade. O pastor gosta da comparação e se apresenta dessa maneira para as crianças. Com informações de CBN Fonte: https://noticias.gospelprime.com.br