O ainda Presidente está no poder desde 1987 e teve sua prisão comemorada pelos líderes cristãos.

Na semana passada, líderes da igreja evangélica no Zimbábue pediram oração pelo momento de transição em que o governo está passando. É que Robert Mugabe, o presidente ditador de 93 anos foi preso e está detido em sua própria casa. a ação foi executada por militares.

“Nós vemos a atual situação não apenas como uma crise em que estamos desamparados”, escreveram os líderes evangélicos. “Nós vemos o arranjo atual como uma oportunidade para o nascimento de uma nova nação”, declararam.

As tensões políticas começaram no mês passado, aparecendo entre os dois possíveis sucessores de Mugabe: seu vice-presidente Emmerson Mnangagwa e sua esposa Grace. A próxima eleição presidencial se dará em 2018. O ainda líder da nação lidera o país desde 1980, primeiro como primeiro-ministro e, desde 1987, como Presidente.

Mugabe acusou seu vice-presidente Mnangagwa de “deslealdade”, tomando partido de sua esposa. Mas o exército permaneceu do lado de Mnangagwa, colocando Mugabe sob prisão domiciliar e prendendo os líderes da facção de Grace.

Prisão domiciliar

Mugabe passou o domingo em sua casa, em Harare, sob vigia dos militares. A sua saída do poder chegou a ser dada como certa por várias agências de notícias internacionais. Apesar disso, ele anunciou em uma mensagem à nação, transmitida na televisão estatal, não se demitia de seu cargo, mas que iria presidir no próximo mês, mesmo o partido tendo retirado da liderança.

Mugabe é presidente há 37 anos e os líderes afirmam que seu governo foi “qualquer coisa menos democrático”. O país perde pelo menos 1 bilhão de dólares em corrupção anualmente.

Um dos que pediram a demissão de Mugabe foi Evan Mawarire, um pastor evangélico que foi preso duas vezes por seu protesto contra a corrupção do líder. Esta semana, a Bolsa Evangélica do Zimbábue juntou-se a outros líderes da igreja na divulgação de uma declaração conjunta explicando como a crise atual é realmente uma oportunidade.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHRISTIANITY TODAY