“Há um grande número de jovens que estão se radicalizando. Isso acontece por causa dos livros e das Escrituras Islâmicas que nós temos”, reconhece o clérigo muçulmano.

Dois líderes muçulmanos entraram em um caloroso debate sobre o extremismo islâmico, em uma transmissão feita ao vivo pela imprensa australiana na última sexta-feira (26).

O Dr. Jamal Rifi e o xeque Mohammad Tawhidi condenaram os ataques terroristas em Manchester, em participação no programa Sunrise. No entanto, enquanto Rifi defendeu os princípios do islamismo, Tawhidi revelou que a religião é incentivadora do extremismo.

“Há um grande número de jovens que estão se radicalizando. Isso acontece por causa dos livros e das Escrituras Islâmicas que nós temos. Eles incentivam a juventude muçulmana a sair matando infiéis por aí a fim de ganhar o paraíso”, afirmou o xeque.

Em certo momento da entrevista, o líder muçulmano mostrou o adesivo de uma bandeira da organização terrorista Al-Qaeda, encontrada à venda dentro de um shopping em Melbourne, na Austrália.

“Essas coisas podem ser compradas em qualquer lugar, até mesmo pela internet. Mas o problema é quando se tem lojas vendendo esses itens abertamente, na maior cara de pau, criando essa atmosfera de jihad para jovens”, ele alertou.

Tawhidi ainda alertou que uma relação amigável entre o governo e a comunidade islâmica não é suficiente para a prevenção de atentados. “Eu acho que as autoridades entenderam mal a situação. Essa relação não significa há controle sobre eles e que se pode prevenir um ataque”.

Embora Rifi tenha insistido em defender o pacifismo do islã, o clérigo muçulmano ressaltou sua visão com base no contexto atual e histórico. “Temos uma situação onde não se passa um mês sem que aconteça um ataque terrorista em algum lugar do mundo”, Tawhidi afirmou.

“Pelos 1.400 anos que se passaram, tivemos uma religião de guerra. São fatos. Como o Islã se espalhou da Arábia Saudita para a Indonésia e Bósnia? Foi tudo pela guerra”, ele acrescentou. “As Escrituras Islâmicas estão incentivando as pessoas à decapitarem os infiéis. Aquele que matou jovens em Manchester fez aquilo acreditando que iria jantar com o profeta Maomé naquela mesma noite”.

Confira o debate completo:

FONTE: GUIAME